Experiência de Marca

Redação de case é coisa séria

A inscrição de um trabalho promocional é, sim, mais complexa do que o de um anúncio de jornal ou de um <em>outdoor</em>. Por isso, amigo redator de<em> case</em>, deixe de ser preguiçoso, presunçoso e todos os “osos” do mundo...  redigir <em>case</em> é trabalhoso, isso sim.

“Prêmio é tão importante que o presidente da agência deveria redigir o case”.

Essa alusão à célebre frase do imaginário do futebol foi proferida por um colega durante o júri do Prêmio Colunistas Promoção RS, do qual fiz parte. E é verdade. Pela lógica, as agências pagam caro para inscrever seus melhores trabalhos nas premiações do setor, porque acreditam que podem se sair vitoriosas.

Mas, suspeito que a redação de alguns cases passe distante de quem libera a grana para as inscrições. Isso porque, em muitos casos se nota um total desprezo por defender minimamente uma ideia. Por que isso acontece? Levantemos algumas hipóteses:

a) O criativo que está à frente desse processo talvez julgue sua obra tão brilhante, tão genial, que dispense explicações. É o famoso “Esse case é G-E-N-I-A-L, não preciso nem explicar”.

b) O profissional responsável pode ter sido acometido de um sentimento falso de onipresença. No meio científico, esse fenômeno é descrito como “Isso é bom pra cacete, os caras já devem ter visto na rua”.

c)  Quem está à frente dessa redação não tem o menor engajamento com a causa da agência. Ele pode não ter participado do trabalho, pode não entender a importância das premiações para o PR da empresa onde trabalha. Esse caso é popularmente conhecido como “Tá tarde, não aguento mais essa pizza fria e eu não tenho nada a ver com esse job, que se f*”.

A inscrição de um trabalho promocional é, sim, mais complexa do que o de um anúncio de jornal ou de um outdoor. Por isso, amigo redator de case, deixe de ser preguiçoso, presunçoso e todos os “osos” do mundo…  redigir case é trabalhoso, isso sim.

Na minha agência, quem redige os cases que vão para os prêmios são os diretores. Primeiro porque temos menos paixão incondicional pela criação. Isso permite uma defesa mais racional, mais clara e objetiva dos trabalhos. Segundo, porque é no nosso bolso que a coisa aperta, e, terceiro: ninguém está mais interessado do que eu e meus sócios nessa história toda.

Dá trabalho? Dá. Mas nossa performance nas mais significativas premiações promocionais do País comprovam a eficácia dessa opção  (além da criatividade e dos resultados dos próprios trabalhos, obviamente).

Não importa qual seja a motivação para uma inscrição equivocada (falsa onipresença, pretensa genialidade, preguiça irritante), ela sempre despejará ralo abaixo um possível bom e verdadeiro trabalho, merecedor de reconhecimento. Isso acontece toda hora nas premiações do setor. Será que sua agência sofre desse mal?