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Copa do Mundo no Brasil poderá ser totamente sustentável

A apresentação do Plano Copa Verde, que prevê a construção de estádios e prédios sustentáveis para a Copa do Mundo de 14, será um dos destaques do 2º Congresso Ibero-americano de Instalações Esportivas e Recreativas, que tem início hoje (19/10) e encerramento no dia 22/10, no Teatro do Sesi.

A apresentação do Plano Copa Verde, que prevê a construção de estádios e prédios sustentáveis para a Copa do Mundo de 14, será um dos destaques do 2º Congresso Ibero-americano de Instalações Esportivas e Recreativas, que tem início hoje (19/10) e encerramento no dia 22/10, no Teatro do Sesi.

Para Eduardo Castro Mello, consultor em arquitetura esportiva, o Plano Copa Verde será a maior ação coordenada já feita de Green Building – conceito que reúne tecnologias, iniciativas e operações sustentáveis na construção civil.

“Este plano, voltado à preparação da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada do Rio de Janeiro, segue com medidas de contenção e reversão do desmatamento, investimento em fontes de energia renováveis e redução de emissões de gases relacionados ao transporte aéreo sendo, em sua essência, um exemplo de sustentabilidade.”

O arquiteto explica que o Plano Copa Verde será implementado em dois eventos esportivos globais e terá continuidade mesmo após seu término, quando os turistas e atletas mundiais retornarem a seus países. “Com as metas do plano, os brasileiros terão capacidade de atender às necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras”, explica o consultor. “Arquitetos serão convidados a construir EcoArenas do futuro e o plano servirá como plataforma para o Brasil mostrar sua capacidade de liderança em inovação econômica, ambiental e social.”

O Estádio do Maracanã, um dos palcos da realização da Copa do Mundo no Brasil está em reformas e deverá reabrir somente em 2012, quando irá receber a Copa das Confederações.

Castro Mello adianta que a possibilidade da próxima Copa ser totalmente sustentável é de 80%, o que seria algo inédito no mundo. O percentual restante reside em decisões que serão tomadas do próximo governo, em especial a utilização de placas fotovoltaicas, que transformam a luz solar em energia.

Quanto ao custo de uma Copa do Mundo sustentável, Eduardo Castro Mello assegura que mesmo sendo de 5 a 6% maior, se compararmos com a infraestrutura da Copa do Mundo da África do Sul, por exemplo, o retorno em economia de água e eletricidade é altamente compensador.

Congresso Ibero-americano de Instalações Esportivas

Em sua segunda edição, o Congresso Ibero-americano de Instalações Esportivas e Recreativas também debaterá problemas e trocará informações e experiências do ponto de vista interdisciplinar sobre concepção, construção, tecnologia e equipamento das instalações desportivas e recreativas modernas. Essa sinergia visa mostrar até que ponto essas estruturas estão adaptadas às necessidades de cada comunidade e promovem uma atividade não só desportiva, mas também direcionadas à saúde do praticante.

A primeira edição do evento foi em 2009, na Espanha, país que criou o congresso. A ideia é que nos anos pares ele seja realizado em Barcelona e nos ímpares, em um país da América Latina.