Experiência de Marca

Mercado aberto para especialistas em marketing digital

Pesquisas apontam que o Brasil está entre os países que mais acessam redes sociais. Para muitos brasileiros, elas são mais do que canais de relacionamento e informação. São a porta de entrada para a internet. Não à toa, quase 70% das empresas já estão presentes nas redes, gastando mais com marketing digital. Um mercado que ganha ainda mais impulso com os governos procurando cada vez mais democratizar o acesso à web.

Pesquisas apontam que o Brasil está entre os países que mais acessam redes sociais. Para muitos brasileiros, elas são mais do que canais de relacionamento e informação. São a porta de entrada para a internet. Não à toa, quase 70% das empresas já estão presentes nas redes, gastando mais com marketing digital. Um mercado que ganha ainda mais impulso com os governos procurando cada vez mais democratizar o acesso à web.

Em contrapartida a este crescimento, faltam profissionais qualificados no mercado. Por isso, quem se especializar larga na frente.

Os cursos na área são relativamente novos, assim como o fenômeno no Brasil. Costumam atrair profissionais de comunicação, marketing, designers e jovens empreendedores, também de olho nesse filão. As oportunidades estão em agências especializadas ou nas próprias empresas, que investem em equipes particulares.

Além das redes sociais, há outros nichos, como os games, a telefonia celular e o comércio virtual, como aponta Eduardo Halpern, diretor de pós-graduação da ESPM, que abriu uma pós em Marketing e Design Digital em 2006.

“Temos que levar em conta que o comércio eletrônico cresce a taxas superiores a 30% ao ano no Brasil. Quando a pós começou a ser oferecida, ainda não tínhamos uma noção exata de como seria o comportamento nesse segmento. Já havia uma discussão intensa sobre e-business e comércio eletrônico no mercado, mas a discussão sobre a importância das mídias sociais só começou a se tornar mais evidente recentemente. Vagas para analistas de mídias sociais, por exemplo, começaram a ser oferecidas com maior intensidade no final de 2008”, lembra.

Letícia Bade, coordenadora do curso de Gestão Estratégica de Marketing Digital da Facha, aberto em 2007, diz que as iniciativas de internet gratuita também favorecem este mercado: “As pessoas hoje podem passar mais tempo conectadas, sem limites de tempo ou espaço físico. Conheço inúmeros trabalhadores que, em seus trajetos casa-trabalho, agora, com smartphones e netbooks, passam a viagem navegando na internet, respondendo e-mails de trabalho, vendo vídeos ou simplesmente ouvindo rádio na web. Isso é uma enorme mudança, de comportamento e de cultura.”

Segundo a professora, a cada ano o mercado conquista uma fatia maior da verba da publicidade tradicional. “A internet se transformou no terceiro veículo de maior alcance no Brasil, atrás apenas de rádio e TV. As redes sociais vieram para ficar e também se tornaram fundamentais para aqueles que buscam informações atualizadas e até mesmo empregos. O brasileiro é um povo caloroso, que gosta de se comunicar e compartilhar opiniões que ajudam a divulgar produtos e serviços de forma positiva ou negativa. Logo, um profissional capacitado tem muito espaço para crescer. A tecnologia quebrou barreiras. Sabemos de casos de pessoas que prestam serviço para outros Estados e até mesmo países, muitas vezes, de casa.”

Os resultados das ações de marketing digital também são mais fáceis de serem mensurados, segundo os especialistas, graças às ferramentas da internet. Para Andre Kischinevsky, pró-reitor de Marketing do Instituto Infnet, usar bem o marketing digital é uma questão de vida ou morte para as organizações. O instituto abriu o MBA em Marketing Digital em 2009 e está iniciando a primeira turma do MBA em Comércio Eletrônico.

“O consumidor está conectado durante boa parte de seu dia. Ele lê jornais, participa de mídias sociais, compra ingressos na rede, compara preços e faz compras pela internet. É uma grande oportunidade e um desafio, para as empresas e para os profissionais. Poucos “marketeiros” dominam as muitas e novas ferramentas on-line. E mesmo profissionais já pós-graduados sentem a necessidade de atualização.”

Fonte: O Globo.