Não é por uma carreira longeva e bem-sucedida que o capitão da Seleção do México, Rafael Márquez, tem sido lembrado nos últimos meses.
Apesar de ter participado de cinco Copas do Mundo, o jogador este ano está na lista de 'persona non grata' dos patrocinadores, por ser acusado pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos de lavar dinheiro para cartéis de drogas. Ele nega veementemente o envolvimento com o tráfico.
A legislação americana proíbe que profissionais acusados desse tipo de crime mantenham relações comerciais com as empresas e Bancos do país. Se alguma marca americana fizer propaganda com Rafa Márquez, ela poderá ser multada.
A proibição vale inclusive para ações não intencionais. Se o capitão for pego tomando uma lata de Coca-Cola em campo, por exemplo, a empresa poderá ser multada em até US$ 1,5 milhão.
Uma contratação de publicidade intencional, por sua vez, pode levar a uma punição de US$ 10 milhões, com possibilidade de detenção por até 30 anos.
Não é à toa que Rafa Márquez não bebe a mesma marca de água nem veste o mesmo uniforme para os treinos que seus companheiros de equipe. Ele tampouco pode permanecer em frente aos logotipos das companhias parceiras como fazem os demais jogadores, segundo reportagem do jornal The New York Times.
Ou seja, as marcas precisam tornar o capitão mexicano invisível. Visa, Coca-Cola, Budweiser e McDonald’s, por exemplo, afastaram-se de qualquer ligação com o craque.
Além de ter uma presença discreta na Copa, Rafa Márquez abriu mão de ser remunerado por sua atuação no evento esportivo. Isso porque a imagem do jogador não pode estar associada a Bancos americanos, caso eles sejam usados para eventuais pagamentos.