A decisão foi tomada pelo grupo americano para que a fusão com a Fox seja aprovada no Brasil pelo Cade, Conselho Administrativo de Defesa Econômica.
O grupo americano já conta com essa exigência, que será anunciada hoje (27/02), em julgamento na superintendência do órgão.
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A negociação com o Cade para uma possível manutenção do canal esportivo foi a única exigência que travou, no Brasil, o prosseguimento da fusão mundial entre Disney e Fox.
A empresa, que já tem os canais ESPN no Brasil, ficaria com uma grande fatia do mercado, o que configuraria monopólio.
Desde então, os executivos da Disney alinham com a Fox os passos que darão após a oficialização da venda do canal. Os primeiros avisados serão os empregados dos canais Fox Sports.
Está marcado para esta quinta-feira o segundo encontro de lideranças da Fox, onde será anunciada a venda dos canais internamente. Os chamados ativos do canal serão disponibilizados de forma integral, não podendo ser vendidos em partes.
Entre esses ativos estão os direitos de transmissão da emissora. Alguns deles são valiosos, como a Libertadores, que a Fox comprou o melhor pacote de TV paga.
Esses direitos não podem ser absorvidos pela Disney, por força de contrato. A Disney e a Fox querem ter todo o cuidado para que profissionais sejam respeitados e que o provável fim da emissora não tenha a mesma repercussão da extinção do Esporte Interativo na TV.
Alguns desses profissionais serão absorvidos pela Disney, que manterá no ar a ESPN, no país desde 1995.
Outro ponto diz respeito à estrutura física da Fox, como a luxuosa sede do grupo localizado na Barra da Tijuca, bairro do Rio de Janeiro.
Nesse ponto, o prédio poderá ser absorvido pela Disney, pois não é considerado um ativo preponderante.
Sobre a emissora em si, a Disney já procura no mercado um possível comprador desses ativos. Esse pode ser qualquer grupo de mídia, menos a Globosat.
O Cade definirá que, por já ter poder grande no mercado, a programadora não pode comprar o que a Disney tem para vender.
A Disney adquiriu os ativos de cinema e parte de televisão da 21st Century Fox por US$ 71,3 bilhões.
Entre os ativos que foram comprados estão os canais pertencentes à Fox na América Latina, como a homônima, o Fox Sports e a NatGeo.