Tomando conta do nosso confinamento as lives têm alimentado o nosso dia a dia, um tempo dedicado a compartilhar com o mercado nossas experiências, histórias, estratégias criativas, e diferentes posicionamentos, sempre por intermédio de uma narrativa pessoal e multicultural, cujo propósito é compartilhar, ouvir e estimular o pensamento um criativo.
Num momento de dúvidas, de crise, de ansiedade e de muita reflexão, as lives ajudam e aguçam a nossa reflexão, onde todos têm a possibilidade de exporem as suas ideias e até as suas críticas.
Na maioria das vezes escutamos as mesmas soluções, quase sempre associadas às atividades de quem as propõem, algumas até relativamente óbvias.
Não estão errados! Porém, o que esperamos neste hiato de sobrevivência, é renovação, humildade, cada um sair do seu quadrado, deixar de pensar na própria imagem e no pensamento pessoal.
O importante é compartilhar experiências, romper paradigmas, falar com o coração. Mesmo num mundo de mudanças tecnológicas, num mundo digital, pensar com o coração vai surpreender.
Como sempre não temos uma única solução, um único pensamento.
Se nada for mudado como será o futuro sem o relacionamento?
Um futuro sem o abraço, o beijo, o aperto de mão hoje tão desejado.
Então, como será o nosso novo mundo?
Como sou otimista, acredito na construção de uma sociedade mais justa, na solidariedade, na capacidade criativa da transformação.
O Bill Gates, o homem da Microsoft, está financiando equipamentos para produzir uma vacina.
A British Tobacco, maior empresa de cigarros do planeta, está dedicada a estudos sobre a utilização da folha do tabaco na medicina, na imunização. Estas iniciativas demonstram a importância da mudança, da consciência social, dos valores humanos que sempre fizeram a diferença.
O mundo mudou e dificilmente seremos os mesmos.
Agora que estou confinado, reconheço que as coisas mais simples que a vida nos ofereceu foram jogadas para segundo plano, uma realidade dura, assim, se nada for mudado, como será o futuro sem o relacionamento? O abraço, o beijo o aperto de mão hoje tão desejado.
O futuro exige mudanças
Temos que descobrir novas formas de vida, de trabalho, levando em consideração que o que fazemos hoje pode acabar amanhã.
Não sei se sabem, mas, mais de 30% das novas atividades ainda não foram criadas, e aí como vai ser o novo mudo?
Provavelmente tecnológico, substituindo o carinhoso – sim, – talvez, – quando, por uma fria resposta de um robô mesmo com cara e nome de mulher.
Temos que nos reinventar, mostrar que somos insubstituíveis, mesmo diante da inteligência artificial. A máquina não tem sentimentos, não ri, não dá conselhos, ela não pede, ela faz.
Para nos reinventamos é preciso quebrar paradigmas, reaprender, transformar, mudar e liberar o pensamento criativo, sem nunca esquecer que as máquinas foram criadas por nós, Seres humanos
A criação, o poder da decisão, mesmo quando se dá no domínio científico, transcende a racionalidade. Assim, para começar dentro de uma lógica criativa, podemos começar pelas viagens e experiências, quem sabe pelo mar e pelas risadas, hoje tão distantes e prazerosas.
Mesmo não querendo entrar no detalhe, maginem meus amigos, vocês que gostam de viajar, de viver experiências, podem começar agora, e sem mala.
Já imaginaram? É claro! Então agora, sugiro escolherem um bom hotel, um museu, um castelo, com as suas lendas e histórias, os seus projetos arquitetônicos, os seus quadros e pintores e seus personagens. Ou ver um balé, mostrar aos seus filhos o mundo mágico da Disney, viajar de helicóptero, até pilotar, sim, virtualmente, pilotar um Fórmula1, entender os buquês e a história do vinho maravilhoso que você está bebendo agora nesta sua viagem virtual, tudo por meio de uma comunicação e ativação em tempo real sentado na sua sala, bebendo um bom vinho.
Gostou? Isto chama-se realidade virtual, experiência multissensorial, despertando novas formas de comunicação, emoções sentimentos e entretenimento, tudo fruto da criatividade, do inconformismo de quem acredita na inovação e no espírito criador.
Já imaginou esta receita sendo posta em prática em quase 100% das nossas atividades! Até nos nossos pensamentos?
Tudo está ao seu dispor, é a democratização da informação.
Hoje, no mundo global, temos a liberdade e a oportunidade de reaprender, de interagir com novas ferramentas e redes digitais, com as novas mídias.
Este é o admirável mundo novo, não o de Aldous Huxley, mas, um mundo transparente inovador, que espera a nossa participação, a nossa inovação, o nosso comprometimento.
Já imaginou Gutenberg, um homem que criou a impressão do livro, um dos responsáveis pela democratização da cultura da leitura da informação por intermédio do livro, o que ele pensaria das novas linguagens e gêneros digitais?
Se gostou, convido você a fazer parte deste novo mundo, participe na busca de um novo formato, na superação e transformação, na recreação do futuro, sem medo de mudar ou experimentar.
Hoje somos ou queremos ser cidadãos do mundo, para isso precisamos lidar com as multiculturas e oportunidades, com a tecnologia, com a emoção, abrindo as portas à integração global.
Mudar é o primeiro passo para a inovação, para a construção do futuro. Um mundo de mudanças de experiências, e de valores compartilhados.
Hoje tudo é possível, sem milagres, sem nunca esquecer que as grandes mudanças econômicas, sociais e tecnológicas do mundo estão nas mãos dos empreendedores, sim esses que vocês conhecem com criatividade e facilidade de adaptação.