Não existe um modelo, uma regra específica e sistemática para se obter e garantir o sucesso nos esforços da transformação.
A efetividade das mudanças, dos modelos, das práticas e ferramentas habitualmente usadas, vão depender totalmente do contexto, da realidade e cultura de cada organização.
Além disto, a mudança só é de fato incorporada e reconhecida após o mercado, a cultura organizacional e empresarial, ter se adaptado a ela.
No entanto, é preciso tomar cuidado, a transformação é um processo paulatino de aculturamento, não um evento de foro midiático.
Na realidade, a mudança é um processo evolutivo, estratégico, apoiado em experiências, resultados, pesquisa, muito trabalho, e, principalmente, no inconformismo de quem não aceita modelos e receitas prontas.
A única forma de fazer com que a mudança aconteça é trabalhando a cultura corporativa, os modelos mentais, as crenças, o compromisso com os resultados e a satisfação dos clientes.
Independentemente do modelo, qualquer mudança exige espaço para a transição, sem esquecer quão importante lembrar que as mudanças não trazem apenas resultados numéricos, elas representam uma resposta mais eficiente e assertiva às demandas do mercado, à pluralidade, aos novos desafios, à dinâmica da globalização.
Não pretendo com este artigo arvorar-me em líder de mercado, porém, o meu envolvimento com a atividade, o meu passado, podem referendar as minhas colocações.
Se avaliarmos pela ótica otimista, as crises podem ressaltar oportunidades, desafios, e, para nós profissionais, a necessidade da mudança.
Uma mudança que passa pela assertividade, pela sustentabilidade, pelo imediatismo nos resultados, e pela exigência de uma comunicação alinhada e direta com todos os públicos envolvidos
Não é fácil, mas o caminho que vemos no futuro é trabalhar a fragmentação, a utilização simbiótica das várias ferramentas da comunicação, uma complementando a outra, sempre ressaltando a originalidade, a dinâmica e interatividade das ações.
Um modelo que ressalte a praticidade estratégica, nas ações curtas e pontuais, principalmente, nas oportunidades.
Hoje, mais do que nunca, precisamos de ações que, na sua formatação, ressaltem a motivação, o resultado, o reconhecimento e a capacitação. Ações com linguagem moderna criativa, interativa, que gerem comprometimento e compromisso com a marca.
O cenário mudou, os clientes mudaram e todos começaram a entender que a comunicação podia ir além de simples ferramenta de venda, ela podia mudar valores e atitudes, mudar resultados comportamentos, competências, conhecimento e sustentabilidade.
De alguma forma, chegamos à conclusão que estas mudanças representam um passo intenso no cenário atual, as receitas do passado, ainda que vencedoras, não são mais referenciais para os modelos atuais, os modelos mentais mudaram.
A experiência, e, principalmente, os questionamentos do mercado exigem que nós profissionais tenhamos a competência de nos anteciparmos às críticas, de nos anteciparmos com proatividade aos novos desafios e necessidades do mercado.
O resultado é óbvio, novos formatos, novos negócios, novos modelos, no presente e no futuro.
Para finalizar, acredito que o momento é de mudança, de reflexão, de autocrítica, nada se faz isoladamente. As pessoas, o mercado, precisam entender claramente o real motivo e propósito da mudança, ainda que seja no item mais óbvio, a evolução natural de uma atividade.
Para isso, precisamos mudar, precisamos investir na gestão, na motivação, no reconhecimento, no desempenho e nas práticas.