A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) aprovou um teto orçamentário para a temporada 2021 da Fórmula 1 na quinta-feira (28).
A medida, que estipula que cada equipe poderá desembolsar “apenas” US$ 145 milhões no ano que vem, foi ratificada de forma unânime pelo Conselho Mundial de Automobilismo (WMSC) da FIA em uma votação feita virtualmente.
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A decisão é um sonho antigo da Liberty Media, que queria instaurar o teto orçamentário desde que passou a comandar a F1 entre o final de 2016 e o início de 2017.
O objetivo é criar um equilíbrio maior entre as três equipes mais ricas (Mercedes, Ferrari e Red Bull) e as outras sete escuderias que disputam a categoria.
Vale lembrar que a ideia inicial era que o teto entrasse em vigor em 2021, mas com um valor mais alto. Depois, quando teve início a pandemia do Coronavírus, ficou definido que o limite de gastos seria jogado para 2022.
Agora, com quase metade do ano transcorrido, quatro provas canceladas e outras seis adiadas e ainda sem data para acontecer, além da incerteza sobre quando a temporada terá início de fato, optou-se por manter o teto em 2021 e pelo valor de US$ 145 milhões, US$ 30 milhões abaixo do que se imaginava originalmente.
A medida é tida como essencial para reduzir os custos, e, assim, manter a categoria em uma situação econômica sustentável, visto que, com a pandemia, todas as equipes e a F1 como um todo têm sentido prejuízos financeiros consideráveis.
Também foram aprovados tetos orçamentários ainda mais baixos para 2022 (US$ 140 milhões) e de 2023 a 2025 (US$ 135 milhões anuais).
“A Fórmula 1 vence hoje. Este é um momento de importância crucial para o nosso esporte. A categoria é financeiramente insustentável há algum tempo, e a inação arriscaria o futuro da F1 e de seus participantes. Um limite orçamentário uniforme, em conjunto com uma distribuição mais uniforme da receita entre as equipes, garantirá maior competição e mais pessoas que desejam assistir ao vivo e pela TV, gerando mais receitas para sustentar a saúde financeira de longo prazo das equipes e do esporte como um todo.”, resumiu Zak Brown, diretor-executivo da McLaren.
Foto: Yin Liqin/China News Service/Visual China Group via Getty Images.