Na noite de segunda (29), Expo Center Norte, São Paulo Expo, Transamerica Expo Center e Centro de Convenções Frei Caneca divulgaram fotos de suas fachadas avermelhadas, para pedir atenção e ajuda ao setor de eventos, duramente atingido pela pandemia da COVID-19.
“Todo-o setor de eventos está na ‘UTI’, pois não há o que ser feito para manter os pavilhões funcionando. Pedimos que os eventos de negócios, que não geram aglomeração, voltem em agosto. Já há uma queda de 60% do faturamento do mercado em geral, considerando o retorno em agosto. Mas a situação tende a se agravar ainda mais se não houver a liberação nessa data. Por isso, vamos nos manter ‘vermelhos’ até o retorno efetivo dos eventos corporativos”, afirma Daniel Galante, vice-presidente da Ubrafe (União Brasileira de Promoção de Feiras) e diretor-geral do São Paulo Expo.
Desde março, empresas e entidades do setor vêm pleiteando junto ao Governo do Estado a reavaliação da determinação do retorno gradual das atividades do setor de eventos corporativos apenas na última fase.
Elas tentaram a abertura conforme a semelhança dos shoppings centers, na fase 2. A similaridade entre eventos corporativos e shopping centers é extremamente grande e, em alguns casos, o setor apresenta até maior segurança nos serviços prestados e no acompanhamento para todas as áreas de trabalho.
Junto ao pedido foi enviado também um documento com a proposta de protocolo único de segurança para os locais que sediarem os eventos, entre eles receber 50% da capacidade, conforme as normas da Prefeitura, e distanciamento de 2 metros. No entanto, ainda não há uma confirmação sobre o retorno e cada vez mais o impacto pesa em toda a cadeia produtiva de eventos.
Os centros afirmam que até que a primeira feira de negócios aconteça na cidade de São Paulo, suas fachadas permanecerão desta forma.
Por toda a Alemanha – e algumas regiões da Europa – os centros de convenções, museus, estádios e até mesmo igrejas ficaram vermelhos na semana passada, na noite de 23 de junho. A “Night of Light” (Noite da Luz) foi uma ação onde os organizadores de shows, festivais, apresentações teatrais, feiras e eventos fizeram um apelo para pedir ajuda aos políticos para salvar a indústria do evento.