A ampliação da presença feminina em conselhos de administração garantiu destaque a dez empresas de capital aberto na B3, segundo levantamento exclusivo da Teva Indices, divulgado em parceria com a Easynvest.
De acordo com o estudo, cinco delas possuem 3 mulheres no board: Magalu, Santander, TIM, Natura e Telefônica.
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As outras cinco empresas têm duas mulheres na mesma posição, e incluem Vale, Suzano, Lojas Renner, Engie Brasil e a própria B3.
O ranking adotou como critério uma capitalização mínima de R$ 300 milhões, com base em dados divulgados pelas companhias até 31 de agosto.
Em termos proporcionais, as empresas com maior protagonismo feminino nos conselhos são Magalu (43%), Santander (33%) e TIM (30%) – todas com três mulheres no board. Na sequência, aparecem Telefônica, Natura e Renner (com 25% cada), Engie (22%) Suzano (20%), B3 (18%) e Vale (15%).
Os resultados evidenciam companhias que têm dado espaço à equidade de gênero no mercado de trabalho, mas indica um longo caminho a ser percorrido, avalia Iris Sayuri, gerente de produto da Easynvest.
“Os números reforçam empresas com bons exemplos, mas o cenário ainda é muito desigual para elas. Se pensarmos em CEOs, menos de 4% são mulheres ao olhar para as companhias de capital aberto.”, justifica Iris.
Para o CEO da Teva Indices, Gabriel Verea, o levantamento indica a importância de medir quantitativamente determinados objetivos. “Observamos que a disparidade da representatividade feminina nos conselhos de administração ainda é grande. Chamar a atenção para esses números deixa claro a urgência em promover essa mudança.”, diz.
Os dados produzidos pela empresa utilizam as mesmas ferramentas e rigor para elaborar índices financeiros sobre ESG (abreviação, em inglês, de Environmental, Social and Governance, ou, em português, Ambiental, Social e Governança Corporativa), e que incluem, portanto, assuntos relacionados a gênero.
A Teva Indices é a única a medir quantitativamente a presença de todas as mulheres em conselhos de administração de empresas brasileiras.
Como forma de apoiar essas empresas com mais espaço de poder para elas, a Easynvest disponibiliza este mês uma lista de investimentos para que os clientes possam comprar algumas ações, ou todas as dez empresas listadas no levantamento, além de outras cinco, totalizando quinze.
Na corretora, o número de mulheres investidoras em renda variável é de 29%, segundo dados de agosto, superior à média de 25% registrada pela B3 no mesmo mês.
No geral, o número de mulheres investidoras na Easynvest cresceu de 26%, no começo de 2017 para atuais 37%. Nos últimos três anos, a plataforma de investimentos criou o movimento pioneiro “Nós Mulheres Investidoras”, que produz conteúdos multiplataforma para estimular a participação feminina nos investimentos.
A última iniciativa do projeto foi uma parceria de conteúdo com a B3 e a influenciadora Paula Reis, do canal Mulher Trader, para desmistificar a relação entre finanças e mulheres.