De acordo com o Pornhub, em 24 de fevereiro, o tráfego global estava acima da média. Porém, foi em março que o tráfego começou a acelerar.
Durante aqueles meses de início da pandemia, os consumidores de pornografia aumentaram 13,7%, por volta de 20 de março houve um tráfego massivo, com um crescimento de mais de 18%, o que coincide com as datas em que a página anunciou que sua versão premium seria gratuita.
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No entanto, agora a marca está sendo acusada e investigada após ser vinculada, por um jornal, por ter vídeos de abuso infantil em seu site.
MasterCard-investiga Pornhub
A MasterCard disse, no dia 6 de dezembro, que lançou uma investigação depois que um jornal, em uma coluna, comentou que o site Pornhub contém muitos vídeos de abuso infantil no portal.
Segundo a coluna do jornal americano The New York Times, ele descreveu alguns vídeos do site, que segundo o autor, são gravações contendo ataques a mulheres e meninas inconscientes.
Ainda de acordo com reportagem, “O problema não é a pornografia, mas o estupro. Aceitemos que promover ataques a crianças ou qualquer pessoa sem o seu consentimento é inconcebível.”
Após essas acusações, a MasterCard disse à Reuters por meio de um comunicado que está investigando as alegações da coluna, publicada por Nicholas Kristof.
Esta investigação é feita em colaboração com a MindGeek, “Se as alegações forem comprovadas, tomaremos medidas imediatas.”, disse ele à agência de notícias.
Diante disso, o Pornhub apenas comentou que possui uma política rígida em relação a esse tipo de evento. Que possui uma vasta equipe que analisa manualmente os vídeos, e com tecnologia de detecção automatizada.
Esse tipo de evento apenas coloca o dedo em uma das questões necessárias para os consumidores de pornografia: É preciso exigir um conteúdo mais responsável.
Segundo Stoya, produtora e atriz pornô, em artigo no The New York Times, ela comentou que o grande problema da pornografia hoje é a forma como é distribuída.
Segundo a atriz, os sites onde a maior parte da pornografia é vista são gratuitos como o Pornhub, portais que transmitem centenas de vídeos retirados do contexto e que tornam invisíveis os esforços dos produtores pornôs para tornar uma indústria mais responsável.
A pornografia não deixará de existir, só resta como consumidores ou não, solicitando conteúdos mais responsáveis, como acontece em qualquer outro mercado.