Investir-em inovação tem se tornado uma premissa para as empresas que buscam crescer ou até mesmo acompanhar as mudanças do mercado.
O objetivo por trás desse movimento é se aperfeiçoar para entregar a melhor experiência para o consumidor, seja por meio de um produto ou serviço.
Mas, o que não é tão claro é que por trás da inovação da entrega existe uma equipe que, a depender do clima organizacional, pode sofrer positiva ou negativamente, interferindo diretamente na produtividade e qualidade final.
Sendo assim, apostar em estratégias de retenção de talentos e práticas que tenham por intuito melhorar o ambiente de trabalho tende a ser a chave de sucesso no século 21.
O conceito de experiência do funcionário, ou employee experience, ou EX, como o mercado tem chamado, é uma estratégia de gestão de pessoas projetada para atrair mais colaboradores – de maneira geral, é sobre como essas pessoas se sentem no local de trabalho e como a empresa comunica seus valores e os aplica no dia a dia.
A-proposta por trás disso é tornar a experiência do colaborador inesquecível tanto quanto a do consumidor, a ponto de influenciar suas ações em prol dos resultados do negócio.
A tática, então, é investir em tecnologia e comunicação corporativa a fim de que os funcionários estejam cada vez mais integrados ao propósito do negócio, se sentindo parte da empresa e engrenagens essenciais ao negócio.
Se no UX – user experience– o foco é o consumidor, no EX é o colaborador no centro das tomadas de decisões por parte das equipes de RH, que assumem a função de rastrear como os colaboradores pensam e se sentem durante cada ponto de contato de sua jornada pela empresa, das interações com a liderança às relações com a equipe de produção, e que ocorrem desde o momento do processo seletivo até o desligamento.
As ações que visam esse crescimento e bem-estar podem atuar em três frentes diferentes: Ambiente físico, que remete a um espaço agradável e com infraestrutura acessível, segura e confortável; tecnológico, por meio de ferramentas modernas e simples, que otimizam a rotina do colaborador; e cultural.
As práticas, embora favoreçam o clima organizacional se aplicadas isoladamente, é na soma que ganha mais impulso, sobretudo porque se conectam e levam ao alinhamento da cultura da empresa. Reflexo das propostas internas, é esta cultura que guia as decisões coletivas e traz aos colaboradores quais são as expectativas que se espera de cada um sem menosprezar suas características individuais e posicionamentos.
Essa estrutura promove, assim, um ambiente saudável, que apoia os objetivos pessoais enquanto busca alcançar suas próprias ambições. Uma empresa que promove a produtividade e a melhor interação entre colaboradores levam, impreterivelmente, a uma melhor performance de todos da equipe.
Com o framework de UX para os funcionários, como cultura de ux para a experiência do colaborador, é possível desenvolver na equipe a capacidade de solução de problemas, desenvolvimento estratégico e eficiência da comunicação para as áreas, assim como inovação intra departamental alinhada com os objetivos da organização.
Tal qual pensamos produtos mais eficientes para as pessoas com as práticas de UX, com os colaboradores envolvidos na mesma orientação que os produtos e serviços, é até mesmo mais pertinente a criação de recompensas pelos resultados efetivos do produto, porque todos entendem melhor sua função atrelada ao serviço ou produto. O resultado é a melhora da coerência e estrutura de metas e desempenho para a organização.
Como em cascata, o trabalho prestado terá maior qualidade e os consumidores sentirão, na ponta, uma experiência otimizada, já que todo cliente deseja ser atendido por um profissional preparado e confiável.
O employee experience é, portanto, a internalização de uma prática que busca melhorar performances e resultados e que impactam não apenas um ou outro membro da organização, mas todos que, juntos, fazem a empresa acontecer.
É, assim, uma ferramenta que proporciona uma contínua autoanálise para promover profissionais mais valorizados e engajados.