Eventos são encontros de comunidades. Serão híbridos com certeza. Este “hibridismo” vai oferecer possibilidades de expansão das audiências e não será um substituto aos eventos presenciais. Será um complemento tecnológico muito útil.
Se você já organizou qualquer tipo de evento recentemente (durante a pandemia) aprendeu que sem tecnologia não dá para fazer nada.
Antes da pandemia existia uma preponderância natural para a organização de eventos presenciais, afinal são mais imersivos, permitem a utilização completa dos 5 sentidos humanos e conseguem oferecer oportunidades espontâneas e planejadas de networking. Sempre funcionaram.
Bom-isso até o início de 2020.
Desde então todos os organizadores de eventos passaram por uma reflexão complexa e profunda na minha opinião. Da negação a aceitação em alguns meses.
No início verificamos que os presenciais foram confundidos com aglomerações. Típico erro de quem não conhece o setor. B2C precisa de aglomeração e souberam dar uma pausa.
B2B se utilizar todos os protocolos existentes não é um causador de aglomerações, é sim um causador de negócios. Feito esta diferenciação podemos notar que o formato virtual veio primeiro para o setor B2C Atire o primeiro mouse quem não participou de uma live!
Mas este formato tecnológico não possui um modelo de negócio sustentável na minha opinião. Com o recente anúncio da Live Nation (empresa líder do entretenimento ao vivo nos USA) sobre a parceria com a plataforma ‘veeps’ eu creio que existirá um divisor de águas.
Todos os shows ao vivo produzidos pela Live Nation nas suas mais de 200 venues serão híbridos. Uma evolução clara e óbvia do modelo das lives e dos shows ao vivo como conhecemos até hoje.
Na minha opinião esta evolução deles para o formato híbrido demonstra o que todos nós profissionais de eventos devemos fazer. Ressignificarmos a nossa atividade.
Não dá para negar que os eventos híbridos serão o futuro. Temos que ajudar o setor a evoluir de aplicações eminentemente táticas para nos colocarmos como alavancadores das estratégias das marcas e empresas.
Se antes utilizávamos quase que na totalidade o formato presencial hoje temos que entender existe um amplo menu de opções presencial/virtual/híbrido.
A tecnologia tem que ser a nossa aliada. Não o “inimigo”. Cada evento tem um briefing e cabe aos organizadores de eventos evoluírem para atuarem como catalisadores de comunidades e propósitos. Independente de formato.
Mas a chance de quase todos os eventos serem híbridos é enorme. Saber entender qual formato utilizar em cada momento será a nossa arte coletiva.
É uma oportunidade espetacular para todos que estão no setor hoje. Não reclame! Aja! Evolua rápido como a Live Nation. Assimile o golpe se não gosta do virtual. Aprenda a ser um mestre dos híbridos.
Reze para que os presenciais voltem o mais rápido possível (vacinas!vacinas!vacinas!) e para deixar bem claro:#somosgregários, #eventospresenciaisforever, #colaboraçãoéanossapraia, #futurohíbrido
Afinal o live marketing não é para os fracos!
Foto: Divulgação.