Segundo-análise feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) junto com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mais de 90% dos usuários brasileiros pesquisam os produtos ou serviços em sites de e-commerce, antes de realizar a compra.
Com isso, é perceptível que as lojas on-line tiveram que se adaptar à realidade, pois viram uma oportunidade de serem vistos pelos possíveis compradores.
A maneira atual que o e-commerce encontrou para chamar atenção dos clientes na internet se dá por meio de estratégias de comunicação de marketing.
As mais usadas são o inbound e o outbound, ambas são ótimas formas de gerar leads, mas enquanto uma tem uma prospecção passiva, a outra realiza o trabalho de maneira mais ativa.
No-inbound marketing cria-se estratégias para poder atrair o cliente e ele se tornar um possível consumidor. Então se desenvolve meios para que o usuário se sinta atraído pelo seu produto na internet, visa trabalhar na percepção e aqui é o cliente que procura a empresa.
Já no outbound marketing, é o contrário, pois nessa estratégia são as companhias que buscam as pessoas por meio de propagandas tradicionais, mais diretas, àquelas vistas no YouTube e na TV, por exemplo. Geralmente, são pagos.
A primeira diferença está na maneira com que o inbound capta seus clientes. Como bem explicado pela especialista, é o lead que vai até a empresa, ou seja, é quando o usuário pesquisa sobre um determinado produto ou serviço na internet.
Com base nisso, é preciso trabalhar bem as técnicas Search Engine Optimization (SEO) da marca.
Os clientes, geralmente, vão olhar os três primeiros, porque eles estão bem posicionados em relação à relevância. Então, se uma empresa conseguir fazer com que seu produto apareça entre os primeiros nas plataformas de buscas, por exemplo, seja ela em primeiro, segundo ou terceiro lugar, significa que ela tem relevância já que aparece em uma posição de destaque.
Por sua vez, no outbound é a marca que dá o primeiro passo nas buscas de leads, mas como isso se dá? Por meio de propagandas diretas. É feito por meio das mídias convencionais, o custo de uma mídia hoje tradicional, mesmo sendo elas canais digitais, como o YouTube, são mais dispendiosas. Antigamente, era usado outdoor, panfletos. É uma propaganda bem direta em que o público compra por meio delas.
Para finalizar, a especialista em marketing digital acrescentou que ambas são pagas, mas possuem investimentos diferentes. No inbound marketing, primeiro o investidor tem que captar o lead, e para isso tem que usar tráfego pago.
Depois, ele tem que fazer com que esse lead se torne cliente, então precisa de uma boa equipe que entenda de landing page e copywriter para fazer com que o visitante se sinta atraído pelo produto”, disse ela que também acrescenta.
No outbound marketing o investimento vai depender do tipo de veículo que a marca quer transmitir o produto. Se for em TV, o horário que será exibido, o tempo de exibição e o tamanho da emissora, tem que ser levado em consideração.
A mesma coisa acontece no meio digital, pois se preferir inserir a propaganda em um canal extremamente visitado, com milhões de acessos mensais, o custo do anúncio é maior, mas a cobrança varia de acordo com a popularidade do canal.
Mas é possível trabalhar com ambas?
A resposta para essa pergunta é sim, é possível trabalhar com ambas. O investidor não precisa lançar mão de uma, pois uma não anula a outra, pelo contrário, ambas se conectam.
Nada impede de trabalhar os dois juntos, pois é comum vermos e-commerce trabalhando com outbound, por meio de anúncios diretos voltados para o seu público, ao mesmo tempo usar o inbound para os seus infoprodutos nas redes, como por exemplo academias, consultórios odontológicos.
Mas, geralmente, o inbound é usado para infoproduto e o outbound é usado por e-commerces grandes e para produtos físicos.
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