Segundo o Instituto Locomotiva e o Data Favela, mulheres, negros e classes C, D e E concentram mais de 80% das intenções de compra do Brasil.
Este por si só, já é um belo motivo para entender que implementar programas e ações concretas em prol da diversidade e da inclusão é uma estratégia vital para que as empresas sejam mais lucrativas e longevas nos tempos atuais.
As empresas precisam se conectar para entender e atender bem à diversa maioria de pessoas que tem a intenção de comprar produtos e serviços no Brasil.
Sem incluir a diversidade, não dá para fazer bons negócios. Trata-se de uma questão de sobrevivência, pois organizações com lideranças diversificadas têm maior probabilidade de compreender as necessidades de uma base plural de clientes.
Vem daí a importância das práticas ESG (Environmental, Social and Governance – em português: ASG – Ambiental, Social e Governança), que, de forma estruturada, buscam garantir que as empresas estejam comprometidas em transformar o mundo corporativo em um lugar mais equilibrado e com mais oportunidades para as pessoas.
O ESG promove que, independentemente da obsessão pelo lucro, as empresas precisam fazer o que é preciso ser feito. Por isso, suas práticas apoiam líderes transformadores, que provocam suas empresas a construírem um futuro melhor a partir das escolhas e dos investimentos que elas fazem hoje.
São esses os profissionais que, de forma corajosa, mostram que lutar por equidade, direitos humanos e respeito (temas evitados no mundo corporativo) não é questão polêmica ou ativismo, mas sim a coisa certa a se fazer.
O certo a se fazer é cuidar da forma como o mundo corporativo se relaciona com as pessoas que fazem parte de seu ecossistema: Com os clientes, os colaboradores e a comunidade.
Isso deve ser feito respeitando os direitos humanos, atualizando as leis trabalhistas, melhorando as condições do trabalho e cuidando do clima organizacional.
O certo é focar os resultados, mas também o equilíbrio desejado entre os desafios da vida profissional e pessoal; é investir tempo e recursos para cuidar da proteção e do tratamento dos dados dessas pessoas; é apoiar explicitamente a diversidade e inclusão, criando espaços seguros para que as pessoas possam contribuir, somando as suas diferenças.
Este é o papel que se espera das empresas e da poderosa rede colaborativa que podem formar no mundo de hoje, pois juntas, agindo de forma coordenada, elas têm grande influência e força para elevar a régua civilizatória a partir de seus ecossistemas de negócios.
Uma empresa que inclui a diversidade, que respeita e valoriza as diferenças individuais em suas várias dimensões, minimiza preconceitos, desigualdades e elimina a praga dos assédios moral e sexual, que tanto neutralizam o potencial de trabalho das pessoas.
Não agir nesse sentido é colaborar para um ambiente desigual, que cria desvantagens para alguns grupos de indivíduos e para todos os tipos de negócio.