A Feira Nacional de Artesanato (FNA), será realizada mais uma vez em Belo Horizonte, Minas Gerais, nos dias 06 a 10 de dezembro, de quarta-feira a domingo, no Expominas, localizado na avenida Amazonas, 6.200, Gameleira.
Nos dias 06 e 07/12, o horário é das 12 às 21 horas, enquanto nos dia 08,09 e 10/12, será das 10 às 21 horas. A FNA deve contar com a presença de mais de 100 mil visitantes, movimentando aproximadamente R$ 60 milhões durante os cinco dias de evento, de acordo com estimativas de Tânia Machado, do Instituto Centro de Capacitação e Apoio ao Empreendedor (Centro CAPE), organizadora do encontro. Segundo ela, a Feira deve gerar cerca de três mil empregos diretos para artesãos, dois mil empregos diretos para prestadores de serviço, além de 15 mil indiretos.
Neste ano, o tema da 34ª Feira Nacional de Artesanato é a A arte NAIF. Haverá homenagens para 20 artistas, além de uma cenografia fabricada pelos visitantes que terão a chance de pintar, desenhar, bordar e vivenciar uma arte que costuma ficar escondida.
Serão 706 estandes com apresentação de produtos do Brasil inteiro. A Feira é voltado ao público geral e a lojistas. Os ingressos precisam ser retirados com antecedência pelo Sympla, no valorde R$ 15,00. Maiores de 60 anos, menores de 12 anos e PCD (pessoas com deficiência) têm ingresso gratuito, mas devem retirar a entrada na plataforma virtual. Na portaria, os ingressos serão comercializados a R$ 20,00, e o visitante recebe um voucher de R$ 5,00 para gastar no evento. O estacionamento, terceirizado, cobrará a diária de R$ 60,00 e R$ 15,00 a hora.
O evento terá três praças de alimentação, com lanchonetes e restaurantes, além do Butiquim, na área externa do Expominas. Entre as novidades de 2023, espaço com serviço de crepes e saladas, comida derivada de Jabuticaba, sanduíches de torresmo de barriga, além das comidas tradicionais. A estrutura do evento inclui ainda cadeira de rodas para pessoas com dificuldade de locomoção, guarda-volumes gratuito, carregadores gratuitos com carrinho para ajudar o visitante a levar as compras até o carro e fraldário.
Organizada pelo Instituto Centro CAPE, a FNA faz parte do Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e é considerada hoje em dia a maior feira da América Latina em representatividade.
Em 2023, a Feira Nacional de Artesanato temo patrocínio da Belotur/PBH, Cemig, Sistema OCEMG, SEBRAE Nacional, Ministério da Cultura/Lei Federal de Incentivo à Cultura, Lei Estadual de Incentivo à Cultura/Governo de Minas/Secretaria de Cultura, Copasa, CDL, TAMBASA atacadista, Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (IDENE), EMATER, Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDE), além do apoio da Neooh como mídia partner.
A arte NAIF
A arte NAIF é uma expressão artística feita por pessoas autodidatas, que exprimem sua visão de mundo, geralmente regionalista, simples e poética.
“NAIF é arte que encanta. É uma estética livre de convenções que acolhe a todos, é coletiva, permite a liberdade e diversidade de formas de expressão. Desta forma, agrega e permite o seu fortalecimento”, ressalta Tânia Machado.
Entre os grandes artistas NAIF que moraram em Belo Horizonte, se destacam Zizi Sapateiro, José Damasceno, José Luiz Soares e Rodelnégio Gonçalvez, que serão homenageados na Galeria NAIF.
Estrutura
No Foyer II serão oferecidas oficinas gratuitas ministradas pelos artistas NAIF convidados, com a participação do público, onde os visitantes estarão realizando bordados, pinturas, entalhes em madeira. Serão 16 oficinas, com a duração de 2/3 horas cada, e a participação de 160 pessoas. No final, os participantes levam consigo a obra produzida.
No pavilhão principal destaque para o espaço de Ronaldo Fonseca, artesão de Umuarama, no Paraná, que lidera um coletivo de 35 mulheres e três homens que apresentam o Bordado sobre Telas. Fátima Coelho, artista de Belo Horizonte, presta homenagem ao artista mineiro Henry Victor, com as telas bordados. E na avenida central, serão instalados três nichos, onde artistas NAIF estarão produzindo, no momento da Feira, bordados, pinturas em telas e produtos em cerâmica.
A Feira traz a participação de projetos especiais como o Espaço Talentos – Arte Sol, com 20 artesãos convidados que participam pela primeira vez do evento com produtos diferenciados. A Artesol é uma organização fundada em 1998, sem fins lucrativos, que apoia os artesãos de todo o país e atua como um centro de pesquisa, de reflexão e de formação para políticas públicas.
O Espaço TOP 100 – SEBRAE apresenta trabalhos de 100 artesãos que fazem parte do projeto que tem como objetivo identificar e premiar as unidades produtoras de artesanato pela qualidade de seus produtos, mas também por suas práticas de gestão.
No grande pavilhão estarão artesãos de todos os estados brasileiros, com 498 estandes divididos em mais de 5 mil m2 de montagem.
A Feira Nacional também receberá 34 grupos indígenas para mostrar toda a sua arte, história e cultura, com presença confirmada das etnias Pataxó, Waurá, Guarani, Balatiponé,Tupi, Okoy,Kariri Xocó, Fulni-ô, Umutina, Quéchua – Aymara, Merong.
A feira teve início em 1989, com somente 60 estandes e 200 expositores, e atualmente é a maior da América Latina em representatividade. Em 2019, cinco mil expositores de todos os estados do Brasil e outros 12 países da América Latina, África e Europa ocuparam 1 mil estandes do maior centro de convenções de Minas Gerais: o Expominas. Cerca de 130 mil visitantes, movimentaram R$ 65 milhões.
Fotos: Divulgação