A rivalidade entre a Meta, controladora do Facebook, e o app chinês de vídeos curtos TikTok teve mais um capítulo nesta quarta-feira, 30.
De acordo com uma ampla matéria do jornal The Washington Post, a empresa liderada por Mark Zuckerberg teria pago à Targeted Victory, uma das maiores agência de marketing dos Estados Unidos, por uma campanha de difamação com argumentos negativos a respeito do TikTok entre o público americano.
Leia também: Nestlé e Zaffari criam caça aos ovos de Páscoa no Instagram
A campanha tinha a intenção de, por um lado, publicar de artigos de opinião nos principais veículos americanos em relação a possíveis ‘modinhas’ do TikTok que teriam a capacidade de pôr os mais jovens em risco, mesmo que vários dos virais considerados perigosos tivessem saído do Facebook.
A-intenção era que o TikTok fosse exibido como uma ameaça para as crianças e a sociedade americana. Alguns e-mails obtidos pela reportagem do Washington Post deixam claro esse objetivo:
“[…] passe a mensagem de que, enquanto o Meta é atacado, o TikTok segue como verdadeira ameaça, especialmente por ser um aplicativo de propriedade estrangeira que é o número um em compartilhamento de dados usado por jovens adolescentes.”
A atitude da Meta, de acordo com o jornal, tem um porquê muito óbvio: o Facebook não é popular entre jovens menores de 18 anos. Diminuir ou acabar com a reputação do concorrente poderia fazer esse público migrar para a plataforma de Zuckerberg.
A Targeted Victory não deu comentários sobre a campanha, muito menos sobre os valores que cobra para campanhas como essa, afirmando somente que é a representante da Meta há muitos anos e que está orgulhosa do trabalho realizado.
Durante um pronunciamento ao The Whashington Post, Andy Stone, porta-voz da Meta, fez uma defesa da campanha : “Acreditamos que todas as plataformas, incluindo o TikTok, devem enfrentar um nível de escrutínio consistente com seu crescente sucesso”.