MICE

A cidade do rock é Lisboa

O reencontro dos festivaleiros depois de 4 anos


Não parece, mas passaram quatro anos desde a última edição do Rock in Rio Lisboa, no “longínquo” ano de 2018. E desta vez o Parque da Bela Vista está de novo transformado na Cidade do Rock.

Quatro dias de festival (18, 19, 25 e 26 de Junho) cheios de música e animação marcam o reencontro com os ‘festivaleiros‘. Entre os muitos divertimentos, estão de volta ao Parque da Bela Vista a Roda Gigante PiscaPisca, o slide com o apoio da 7UP e as Somersby Pool Parties.

Leia também: As ativações do Rock in Rio Lisboa

No recinto do Rock in Rio encontramos vários palcos, com mais diversidade e quantidade de artistas, desde os grandes artistas de música nacionais e internacionais, chefes de cozinha, influencers do mundo digital, etc. São 18 espaços de entretenimento, entre os quais sete palcos.

Para além do reencontro, outra das palavras chave da 9ª edição do festival foi a inclusão. Por isso, a organização incrementou mais espaços exclusivos para pessoas com mobilidade reduzida, introduziu a língua gestual nos palcos e um mapa tátil (a pensar nos invisuais).

As-marcas e as ativações

Entre as dezenas de marcas presentes, encontramos algumas estreantes como o Óleo Fula ou a Doritos. A Doritos é uma marca de snacks salgados, que pertence ao Grupo PepsiCo. O grande objetivo da marca foi proporcionar aos festivaleiros uma experiência diferente e inesquecível. Doritos – Make Your Play – Solta a Tua Garra foi o nome da ativação, que consistiu numa recriação das famosas máquinas arcade. Neste caso, o objetivo da marca foi proporcionar uma experiência disruptiva ao target, alinhada com o novo posicionamento da mesma: Doritos, Make Your Play. Foi uma ativação pensada para ser experienciada por duas pessoas e tinha como objetivo recolher o maior número de prêmios possíveis num determinado período de tempo. Para Joana Pinto, directora de marketing de snacks em Portugal, a “presença da Doritos no Rock in Rio é vista como uma oportunidade de (re)conectar com o target da marca – jovens – que estivera, praticamente dois anos privado de experiências e de socialização. Para além disso, a música é um dos territórios mais importantes para o target da marca e, por isso, é estratégica esta parceria com o festival”.

A marca de óleo Fula e Oliveira da Serra marcou presença pela primeira vez no Rock in Rio. “Esta participação vem no enquadramento do rebranding da marca e no novo posicionamento feito durante o período da pandemia. E, esta, é primeira vez que estamos a comunicar as novas linhas da marca” refere Luísa Bragança, a Brand Manager. Esta presença tinha como objetivo mostrar às pessoas que a marca não tem apenas os óleos normais (como para fritar batatas) mas também outra gama de produtos como o óleo de coco, óleo de abacate, de sementes de sésamo, etc. “E é isso que queremos mostrar às pessoas com a nossa presença aqui, que podem conhecer sabores novos e fazer coisas novas, por exemplo comer umas pipocas feitas com óleo de coco”. E uma parte da ativação passa exatamente por oferecer a todos os festivaleiros um copo de pipocas com esses sabores. “Além disso, criamos um chuveiro de pipocas em que as pessoas podem ganhar alguns brindes”.

A Agência Abreu juntou-se a Associação de Promoção da Madeira e esteve a oferecer uma viagem por dia. Durante estes dias do festival estão a ser realizadas várias iniciativas com vista à divulgação do destino e promovidos vários passatempos, seja girar a roleta e arrecadar brindes; seja a escrever frases criativas e tirar fotografias engraçadas para o Instagram, habilitando-se os participantes a ganhar uma viagem à Madeira.

A abordagem das marcas aos festivaleiros é muito diversa. Por exemplo, a Esc Online criou um Sports Bar com o objetivo de trazer o desporto enquanto entretenimento para dentro de portas, oferecendo várias possibilidades de diversão, interação e conexão. Com uma cenografia convidativa e impactante, este espaço tem um bar com várias opções de comida e bebida – incluindo menu Kids -, criando um ambiente de um verdadeiro Sports Bar; duas ESC Online Stations, onde se disputam jogos clássicos, como Beer Pong, Air Hockey, Matraquilhos, narrados por MC’s profissionais. Estes espaços estão abertos a todos aqueles que queiram participar e tanto os jogadores como os espectadores têm ainda a possibilidade de ganhar brindes exclusivos.

Com as marcas colaboram dezenas de empresas de animação e entretenimento. A Event Point esteve à conversa com Miguel Ribeiro, da Miguel Ribeiro Eventos, empresa responsável pela animação do espaço do Ibis Hotel na Rock Street. “Pretendemos com esta ação dinamizar o máximo possível o espaço de marca, envolver as pessoas e captar o máximo de atenção de forma a atrair o maior número de pessoas ao stand e, para isso, criamos uma parada de bailarinos e músicos com coreografias bastante vistosas de forma a nos destacarmos o máximo possível”, referiu Miguel Ribeiro. A pandemia e o seu impacto na forma de fazer animação já não é uma questão que se coloca. Faz parte do passado, conforme refere o responsável pela empresa.

Muita coisa poderia ter mudado na forma como se captam os festivaleiros ao stand, mas a estratégia da Vodafone com a oferta do sofá insuflável continua imbatível. Acumulam-se sempre centenas de pessoas na esperança de conseguir este brinde. Isto permite criar uma mancha promocional no recinto do evento extraordinária. Um sucesso. Mas a Galp Energia não ficou atrás, a distribuição massiva de chapéus pintou a plateia de verde.

São mais de 42 espaços de activação de marcas que estão a oferecer inúmeras atividades e brindes, com mais de 30 opções diferentes, desde capas de smartphone; tatuagens temporárias; bolsas de cintura; os já famosos peluches do Sapo; leques; binóculos; bolinhas de sabão; iô-iô; bóias; power bank; tote bags; entre muitas outras. Há, também, prémios como uma viagem à Costa Rica oferecida pelo BNP Paribas.

Mas será que as marcas estão a comunicar de forma diferente, no pós-pandemia? A estratégia de distribuição de brindes e de envolvimento das pessoas com as marcas foi praticamente a mesma. A comunicação (mais ou menos criativa) também não se alterou muito. Parece que não existiram estes dois últimos anos. Do lado dos “festivaleiros” foi uma autêntica caça ao brinde. Filas e mais filas em todos os espaços. Ou para ganhar um lenço ou habilitarem-se a uma viagem ou a uma simples make-up… não havia stand que não tivesse lotado de pessoas.

No primeiro dia do festival foram registadas 74 mil entradas. Números que confirmam a dimensão do Rock in Rio no cenário dos festivais em Portugal.

Quando as empresas se transformam em bandas

Brands like a Band é um projecto que junta bandas formadas dentro das empresas. E este ano o evento decorre no recinto do Rock in Rio Lisboa, ocupando o palco Chef’s Stage.

A associação deste evento ao festival visa mostrar o talento que há dentro das empresas e ajudar a mudar o mundo através das bandas.

Brands like a Brand conta já com nove edições e estreou-se agora no Rock in Rio. Ao longo da sua história, o evento já contou com participação de mais de 60 bandas de várias dimensões, nacionalidades e áreas de negócio. Este projeto já apoiou mais de 20 causas sociais e ambientais, em Portugal e no estrangeiro, e mais recentemente juntou-se à iniciativa 1% for the Planet, cuja missão é promover diferentes causas que, coletivamente, possam desencadear soluções em prol das alterações climáticas.