ESG

Sustentabilidade aplicada aos eletrodomésticos ajuda consumidor a fechar a conta no azul

O Brasil caminha para que a oferta de produtos superiores de acordo com as novas regras de eficiência energética do Inmetro cresça gradualmente, mesmo que, por enquanto, poucos fabricantes estejam realmente preparados para oferecer opções com essas características.

Luisa-Gimenes

Sustentabilidade, mais do que uma palavra bonita que se tornou praticamente obrigatória no vocabulário corporativo de pequenas, médias e grandes empresas, é um conceito que precisa ser aplicado e incentivado no dia a dia, com ações práticas e objetivos claros. Uma companhia global que produz e comercializa eletrônicos de consumo a milhões de clientes não pode se dar ao luxo de lidar com o tema de forma leviana, usando-o apenas como um discurso de marketing que não traduz as práticas adotadas. 

Ser uma empresa sustentável hoje, mais do que nunca, é exercer um papel de liderança para disponibilizar alternativas e soluções a parceiros e clientes aos problemas que impactam nosso estilo de vida atual e representam uma ameaça às futuras gerações.

O tema de economia de água e energia, por exemplo, pode ser encarado tanto como uma questão individual – do ponto de vista do consumidor, que, em tempos de crise hídrica e energética, precisa se atentar aos gastos e, literalmente, calcular o próprio consumo a fim de controlar suas despesas – quanto coletivo – levando em conta o aspecto do meio-ambiente e do uso consciente dos recursos disponíveis. 

Neste sentido, o consumidor tem todo o direito de escolher o produto que mais lhe agrada – como uma máquina lava e seca, por exemplo –, seja por conta de preço, funcionalidade ou mesmo estética. Já a empresa tem o dever de oferecer as melhores opções possíveis de acordo com os recursos tecnológicos desenvolvidos, que, além de facilitar a rotina dos clientes, sejam mais econômicas e eficientes.

É preciso, entretanto, evitar o sentimento de missão cumprida apenas por atender ao que, em mercados superdesenvolvidos como europeu, é encarado como uma questão básica. O Brasil caminha para que a oferta de produtos superiores de acordo com as novas regras de eficiência energética do Inmetro cresça gradualmente, mesmo que, por enquanto, poucos fabricantes estejam realmente preparados para oferecer opções com essas características.

Eficiência também significa entregar praticidade e melhor usabilidade, e os recursos tecnológicos embarcados em modelos de eletrodomésticos já disponíveis no país são um diferencial na hora de o consumidor escolher seu equipamento. 

Para ficar em um exemplo prático, as máquinas lava e seca smart, com funções pré-programadas, que podem ser controladas à distância e conectadas ao ecossistema de uma casa inteligente não são mais um plano mirabolante para o futuro, mas uma realidade que, não apenas possível, está se incorporando naturalmente ao cotidiano de muitas famílias. 

Trata-se de uma evolução natural, puxada pela demanda crescente de um consumidor igualmente conectado e atento àquilo que pode facilitar a sua vida. E, se essa mesma lava e seca é capaz de usar menos água e energia para um resultado acima de média, a conta – feita na ponta do lápis ou por um aplicativo capaz de medir seu consumo elétrico – se fecha com um saldo muito mais positivo, em todos os sentidos.

* Luisa Gimenes, gerente de produtos de Home Appliances da Samsung Brasil