A BB Seguros está dando apoio à quinta edição do Street River Amazônia, projeto que leva arte e promove melhorias na qualidade de vida das populações ribeirinhas que vivem na região.
Dez artistas de StreetArt vão chegar à Ilha do Combu, em Belém (PA), no final deste mês para pintar fachadas de quinze casas ribeirinhas, para aumentar ainda mais a Galeria Fluvial que teve a construção iniciada em 2015.
Leia também: SporTV faz escultura de areia em Copacabana para divulgar Olimpíadas de Inverno
O projeto começa com a convivência entre artistas e a comunidade para definir a pintura e resulta em cinco oficinas para atender aproximadamente 200 crianças, jovens, alunos ribeirinhos e professores da rede pública de ensino.
As-casas que vão receber fachadas coloridas também vão ganhar sistema de água potável.
Fora isso, uma escola da comunidade terá energia fotovoltaica instalada.
“Um projeto da relevância sociocultural e ambiental como o Street River Amazônia é algo que converge totalmente com a missão que temos na BB Seguros, que é incentivar ações e projetos transformadores nos mais diversos níveis”, aponta Fabio Mourão, superintendente executivo de Marketing e Planejamento Comercial da Brasilseg, uma empresa BB Seguros.
“Temos muito orgulho em poder participar de uma iniciativa que une tão bem arte e sustentabilidade a uma causa urgente, como a dos ribeirinhos”, acrescenta.
Os dez artistas participantes da edição deste ano têm, junto a uma forte relação com a StreetArt, conexão com a natureza.
“A curadoria levou em conta a diversidade de gênero, territorial e racial, buscando também artistas que tivessem em comum a pintura como ferramenta de transformação social e econômica”, afirma o curador Willian Baglione.
Os artistas são: Amorinha, Anderson Ghasp, Auá, Kadois, Luiz Júnior, Mama Quila, Moka, Pati Rigon, Robson Sark e Thiago Nevs.
As primeiras quatro edições do Street River Amazônia foram realizadas de maneira independente e colaborativa pelo criador do projeto, o artista Sebá Tapajós, que, em 2015, fez a pintura das primeiras cinco casas na ilha.
Através da transformação de palafitas em obras de arte a céu aberto, o projeto traz um destaque para a vida do povo ribeirinho e torna mais visível a urgência de preservação da Amazônia, dos seus rios e da sua cultura.
Com aprovação da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério do Turismo, essa edição conta com apresentação da BB Seguros, realização da Sonique Produções e o apoio da Secretaria de Estado de Turismo (SETUR).
O resultado das novas pinturas será mostrado em visitas guiadas, gratuitas, em 5 e 6 de março. O serviço completo será anunciado em pouco tempo.
Legados: arte, saneamento e energia limpa
A Ilha do Combu, que fica a vinte minutos de barco do centro de Belém do Pará, é um ponto turístico do município e recebe turistas do mundo todo que procuram contato com as belezas naturais da Amazônia e com a gastronomia da região.
Os habitantes têm como fonte de renda principal o extrativismo vegetal (açaí e cacau) e a pesca.
“O Street River Amazônia prevê como contrapartida à cessão da fachada das suas casas, benfeitorias a estas famílias e seus vizinhos com a pintura base das casas com tinta anti-mofo e sistemas de tratamento da água das chuvas (muito frequente na região) para água potável” – declarou Sebá Tapajós, idealizador do Projeto.
Entre 2015 e 2019 37 casas foram pintadas e foram instalados 18 filtros de água, 12 cisternas de 240 litros e sistema fotovoltaico em duas escolas.
Para a edição deste ano, serão pintadas 15 casas, e instalados 12 filtros de água e sistema fotovoltaico em uma escola.
A introdução ao mundo das artes plásticas, pintura e grafite, também incentiva que os moradores da comunidade façam a manutenção e deem continuidade ao projeto, além de fazerem suas próprias leituras, assim como fez Xidó que atualmente constrói maquetes de palafitas grafitadas, inspiradas da galeria Street River, e teve seu trabalho exposto em São Paulo dentro do projeto.
Visitas às casas grafitadas na Ilha do Combu
Para a entrega das obras e benfeitorias, o projeto vai oferecer um final de semana de visitação guiada e gratuita, nos dias 05 e 06 de março.
Duas embarcações vão fazer o circuito durante todo o dia, permitindo que um público maior conheça as obras e visite a galeria fluvial, exposição fotográfica e faça parte de uma confraternização da comunidade com os artistas e técnicos.
Os horários e outras informações relacionadas à visitação serão divulgados logo.
A galeria a céu aberto, porém, está disponível para visitas o ano inteiro através de passeios organizados pela própria comunidade.