Brasília teve pontos conhecidos iluminados na noite de 8/11, em um protesto a favor das viagens de ônibus por aplicativo, setor que luta por uma regulamentação mais moderna e vem sofrendo perseguição por parte da fiscalização da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). As projeções foram realizadas nas fachadas da Biblioteca Nacional e no anexo IV da Câmara dos Deputados, além das sedes da ANTT e do Ministério de Infraestrutura.
Organizado pelo coletivo Projetemos, com patrocínio da Associação de Fretadores Colaborativos (Abrafrec) e a plataforma Buser, a manifestação pediu liberdade e uma legislação mais moderna para a atuação do transporte por fretamento via aplicativos no Brasil. Com a assinatura “Busão Livre”, as projeções usaram frases como “O turismo pede socorro” e “Todos de olho contra a ANTT”.
De acordo com Nunes, desde outubro, a fiscalização da ANTT intensificou a perseguição contra os fretadores que fazem viagens por meio da Buser.
“A Agência vem descumprindo uma decisão judicial do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), que suspendeu a portaria 27/2022, da própria ANTT, e impede a apreensão de ônibus de fretamento”, destacou.
A Buser, com quase 9 milhões de clientes, foi criada há 5 anos, pelos sócios mineiros Marcelo Abritta e Marcelo Vasconcellos, com a proposta de democratizar o acesso ao transporte rodoviário no Brasil. A inovação da plataforma foi lançar um serviço inédito que tornou possível a formação de grupos de fretamento via aplicativo. Com apenas alguns cliques, o usuário consegue reservar viagem para mais de 500 destinos em todo o Brasil, pagando até 60% do preço das viações tradicionais – já que os passageiros dividem o frete entre si e não há cobrança de taxas. Nesse tipo de serviço, hoje conhecido como fretamento colaborativo, os embarques são fora das rodoviárias, seja em locais públicos que permitem a parada de ônibus de fretamento ou em estacionamentos, sejam de shopping ou de rua.
“Embora não haja um impedimento legal para a nossa atividade, há muita pressão política, articulada por empresas tradicionais que atuam no mercado rodoviário há décadas”, afirma Juliana Natrielli, head de Políticas Públicas da Buser.
“Mas estamos orgulhosos do caminho que abrimos e provando que o nosso modelo é o futuro”, ressalta Natrielli.
Depois de triplicar a receita e o volume de passageiros em 2021, a Buser fechará 2022 duas vezes maior. A marca, que tem um forte histórico de investimento em Marketing, investe em áreas diversas para conquistar cada vez mais consumidores: de esportes até ações em novela.
Patrocinadora dos dois maiores clubes de futebol de Minas, o Cruzeiro e o Atlético Mineiro, e apoiadora da Copa do Nordeste – campeonato que se tornou um dos mais populares no País nos últimos anos -, a Buser tem apostado em conquistar um número cada vez maior de viajantes, o que está ajudando a mostrar às autoridades que o serviço é o caminho para tornar as viagens de ônibus mais baratas e práticas e que há espaço para todo mundo, assim como aconteceu em outros setores, como o de transporte individual, no embate entre Uber e taxistas.