A história da internet é bastante interessante, das conexões dial-up à fibra gigabyte de alta velocidade, da era pontocom à era TikTok, sua evolução foi revolucionária e inevitável.
Estamos agora à beira de uma nova revolução, a internet está se preparando para sua próxima atualização: o Metaverso! A Bloomberg Intelligence estima que o mercado do metaverso poderá valer até US$ 800 bilhões em 2024 – porém, esse fenômeno emergente continua sendo um mistério para muitas pessoas.
Afinal, o que é o Metaverso?
O Metaverso é um espaço virtual compartilhado, criado pela combinação de realidade física e realidade digital, e aprimorado por novas tecnologias. Ou seja, é um espaço independente que não pertence a um único provedor.
É também uma economia virtual independente, possibilitada por moedas digitais, tokens não fungíveis (NFT) e outros ativos armazenados em um protocolo blockchain.
Dessa maneira, o Metaverso requer várias tecnologias para funcionar. Algumas das tecnologias que contribuem incluem Blockchain, Realidade Aumentada (AR), Internet das Coisas (IoT), 5G e Inteligência Artificial (AI).
Entendendo o conceito em torno da ideia.
A Web 1.0 era construída de páginas estáticas, apenas informações de texto dispostas na tela sem recursos adicionais. Na sequência veio a Internet como conhecemos chamada de Web 2.0. O grande diferencial aqui é o conteúdo dinâmico, repleto de movimento e interatividade.
Porém, a Web 2.0 funciona com base em plataformas gerenciadas de forma centralizada. A web 3.0, no entanto, será uma estrutura descentralizada com inúmeras plataformas interoperacionais além de tecnologias ainda mais inovadoras.
Pense na próxima versão da Internet, a conectividade que o Metaverso oferece requer uma nova arquitetura – muitas vezes chamada de web 3.0.
Gigantes da tecnologia estão investindo pesadamente no Metaverso. Este ano o Meta (grupo que controla o Facebook, Instagram, Messenger, WhatsApp, entre outros) se comprometeu a investir US$ 10 bilhões em uma divisão chamada Facebook Reality Labs.
Essa divisão é responsável pela criação de hardware, software e conteúdo para realidade aumentada e realidade virtual. Celebridades como Bill Gates até acreditam que a maioria das reuniões serão realizadas no Metaverso dentro de três anos.
As empresas de consultoria em tecnologia também estão se tornando mais interessadas no conceito: por exemplo, Julie Sweet, CEO da Accenture, revelou que a empresa comprou 60.000 headsets de realidade virtual Oculus VR em 2021, que serão usados ??para treinamento de funcionários.
Como se preparar para o Metaverso?
Como o Metaverso ainda está em seu estágio inicial e alguns dos principais conceitos explicados acima ainda não atingiram sua maturidade, nem todas as oportunidades têm a mesma chance de sucesso.
Se uma empresa quer começar concretamente a construir uma estratégia orientada para o Metaverso, ela deve seguir certos passos; desde as mais práticas dadas as tecnologias atuais (quick wins), até as estratégias de longo prazo que contarão com a evolução da Web 3.0.
O primeiro passo é educar-se sobre conceitos que envolvem o Metaverso. De fato, a maioria das pessoas e empresas não estão familiarizadas com esses conceitos que estão em rápida evolução. Muitos também podem não ter as habilidades e processos para realmente entender ou confiar na tecnologia subjacente do blockchain que protege as transações realizadas.
A organização e participação de workshops dedicados ao compartilhamento de conhecimento sobre essas diferentes tecnologias emergentes é uma boa alternativa para entender conceitos-chave como criptomoedas e organizações autônomas descentralizadas (DAOS).
Além disso, as pessoas podem usar VPNS grátis para acessar tecnologias e serviços que só estão disponíveis em outras regiões do mundo por enquanto. Dessa maneira, é possível experimentar o que há de mais novo no mercado global.
A Internet do futuro ou uma tendência passageira?
Embora o Metaverso ainda esteja em seu estágio inicial e alguns conceitos-chave, como interoperabilidade entre diferentes plataformas, ainda não estejam maduros, é claro que as tendências atuais mostram um verdadeiro entusiasmo pelo mundo virtual.
Enquanto alguns veem essa tendência como um interesse puramente efêmero que desaparecerá nos próximos anos, acreditamos que o Metaverso, impulsionado pela inovação e novas tecnologias, é a continuação lógica da Internet como a entendemos hoje.
Oferece uma infinidade de possibilidades, abrindo caminho para o turismo virtual, propriedades virtuais, shows virtuais, bibliotecas digitais e experiências exclusivas. Portanto, é necessário que as empresas se interessem pela ideia agora para evitar serem pegas de surpresa nos próximos anos.