No mercado desde 2021, a Food To Save, que já evitou o descarte de mais de 800 toneladas de alimentos na capital paulista, no Grande ABC, em Campinas (SP), Americana (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF), expande sua atuação para o conceito Food Market junto de indústrias e distribuidoras.
A operação deve iniciar na cidade de São Paulo a partir de dezembro.
“Temos uma solução simples e funcional que conecta empresas alimentícias com pessoas engajadas em combater o desperdício de alimentos. Começamos com padarias, hortifrutis e restaurantes, agora ampliamos o segmento para indústrias e distribuidores que contam com alimentos perecíveis. As pessoas estão cada vez mais preocupadas com o tema, é um movimento muito expressivo”, destaca.
Também segundo o CEO, a meta para 2023 da Food To Save é aumentar as parcerias nesse segmento e ampliar a operação para outros estados.
Através de sua tecnologia exclusiva que conecta milhares de estabelecimentos cadastrados ao consumidor final, a foodtech fechou a parceria com as seguintes empresas: Nestlé, Cacau Show, Shopper e Americanas.
As compras no Food Market acontecem por meio da venda de Sacolas Surpresa, que podem ser doces, salgadas ou mistas. Os produtos excedentes são itens produzidos e não vendidos ou com pequenas imperfeições, e que demandam consumo imediato.
A logística das entregas é feita por meio do app da Food to Save, que repassa os produtos excedentes com descontos de até 70%. Na fase teste, o serviço conectado às indústrias e distribuidoras está disponível para usuários de São Paulo, num raio de 10km da região da Barra Funda.
Junto aos parceiros, a Food to Save prevê o resgate de mais de 100 toneladas de alimentos ao mês. Em pouco menos de 2 anos de atuação, a Food to Save já gerou cerca de R$10milhões em receita incremental aos estabelecimentos parceiros e, agora, com a entrada das indústrias, a expectativa é de que esse valor cresça em até 10%.
No Brasil, os números relacionados ao desperdício são alarmantes. Segundo uma estimativa da ONG Banco de Alimentos, aproximadamente 42 quilos de alimentos são descartados por cada brasileiro anualmente; em contrapartida, mais de 125 milhões de pessoas vivem em situação de insegurança alimentar no Brasil.
Além disso, o país ocupa a 10ª posição entre os países que mais desperdiçam alimentos no mundo, e as indústrias são responsáveis por 30% dessa perda.
“Queremos ser referência de qualidade no reaproveitamento de alimentos. Nossa estimativa é de que mais de 3 mil toneladas de alimentos sejam ressignificados todos os meses, trazendo impacto positivo para a sociedade e meio-ambiente, evitando a emissão de gases que contribuem com aumento do efeito estufa e de lixo tóxico”, afirma Lucas Infante.