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Marcas tiveram oportunidade perdida na Copa do Catar

Desde problemas no planejamento até falta de cuidado na execução, confira os motivos que levaram empresas a deixarem de ganhar tanto dinheiro no Mundial.

A Copa do Mundo do Catar foi a mais digital da história. Conforme os dados levantados pela Forbes, mais de cinco bilhões de pessoas no mundo inteiro assistiram à partidas pelo streaming. 

No Brasil, um canal digital atingiu o recorde global de transmissão única com a maior quantidade de espectadores. 

A CazéTV, canal de streaming do influenciador Casimiro Miguel, no YouTube, teve 4,8 milhões de pessoas que acompanharam ao vivo a partida entre Brasil e Suíça, um recorde que bateu novamente em Brasil e Coréia, com 5,2 milhões, e em Brasil e Croácia, com 6,2 milhões.

Um-dos motivos que pode ajudar a compreender, parcialmente, o boom dos streamings, é que essa foi a Copa mais cara de todos os tempos, o que provavelmente impediu vários torcedores de assistir aos jogos de maneira presencial. 

Por um lado, os ingressos custaram cerca de 340 dólares, o equivalente a aproximadamente R$ 1.800. Enquanto isso, a rede hoteleira do Catar tinha diárias caríssimas, com valores entre R$ 9 mil e R$ 21 mil, além de poucas opções à disposição. 

Com isso, o Brasil, para citar um exemplo, ficou no 9º lugar na compra de ingressos, com países como Argentina e México acima, na sétima e quinta posição, respectivamente.

Ainda assim, a Copa do Catar foi o mundial mais digital, com uma grande presença de influencers e um grande impacto nas menções nas redes sociais, conforme o Promoview mostrou aqui

Mesmo assim, com a Copa mais digital, com a maior quantidade de influenciadores e sendo a mais cara da história, surpreendentemente, foi o Mundial das oportunidades perdidas pelas marcas.

Da mesma maneira que craques como Neymar, do Brasil, Cristiano Ronaldo, de Portugal, e Harry Kane, da Inglaterra, não foram capazes de aproveitar as chances, muito menos conseguiram se tornar campeões do mundo em suas respectivas seleções, grandes marcas como Nike, que foi patrocinadora de 13 seleções, fizeram uma Copa mais tímida do que normalmente, sendo que quem ficou com a bola da vez foi a Adidas, sua maior rival. 

A Adidas conseguiu brilhar, pois além de sete equipes patrocinadas, incluindo a campeã Argentina, além de grandes seleções como Espanha, Alemanha e Bélgica, ela atingiu um enorme destaque mesmo fora de campo. 

Por ser patrocinadora do evento, a Adidas possuía maior visibilidade, ao mesmo tempo que a Nike não marcou presença nem nas lojas de shoppings com ativações.

As marcas patrocinadoras do Mundial tiveram uma presença tímida, pois não se destacaram muito com ativações disruptivas, criativas e que conseguissem atrair tanta atenção em relação a imagem e awareness

As marcas também não foram capazes de surfar na onda da Copa para crescer em vendas. Mesmo com toda tecnologia, ficou a impressão de que faltaram de itens colecionáveis no decorrer da competição, como camisetas, chaveiros, bolas e mochilas. 

Em grande parte das lojas, até as oficiais da Fifa, os produtos foram vendidos em questão de horas, frustrando os torcedores.

No caso dos brasileiros e torcedores da Seleção Brasileira, os itens colecionáveis eram desanimadores, pois os produtos do Brasil no Catar , como bonés, bandeiras e camisetas, acabaram rapidamente.