O que foi e o que será do setor de eventos

O começo do ano trouxe uma grande expectativa com a retomada reestabelecida dos eventos, entregas antigas já pagas tendo que ser entregues, adaptações híbridas e até mesmo o frenesi e o aguardar pelas versões presenciais. Para as empresas o PERSE foi um grande respiro amortizando a questão dos encargos (ufa!).

Com este boom todo, muitos materiais, insumos, fornecedores e profissionais estavam em falta no mercado e isso vem sendo um ponto de atenção para o setor. No âmbito das contratações, muita gente pedindo job description de diretor, mas pagando como coordenador, sem falar que muitos cursos de graduação e pós graduação na área foram descontinuados e não voltaram à ser oferecidos o que traz uma defasagem na formação de colaboradores, sem falar que a demanda por seniors é grande e não temos tantos para suprir e isso demanda tempo para reformatar, mas é preciso recomeçar.

Tivemos situações bem atípicas também, como um carnaval em abril – quase na Páscoa (pode isso Arnaldo?), um funeral de rainha apoteótico, uma Copa do Mundo – em dezembro, nos Emirados Árabes, num país ultraconservador que entregou seus estádios e uma linda festa, mas proibiu a venda de cerveja (com patrocinador máster desse segmento, vixe!) e manifestações dos atletas e torcida, mas com protestos silenciosos porque a Dona Fifa foi inquisadora, agora fica a expectativa para um Campeonato Mundial que pela primeira vez ocorrerá em 3 países (EUA, México e Canadá); já aqui no Brasil, eventos para acompanhar o evento Copa movimentaram o setor de entretenimento de maneira bem animada, só ficou faltando o time brasileiro entregar a parte dele – não foi dessa vez o hexa. 

A grande expectativa pela COP 27 (a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima) que muito discutiu, mas o maior resultado é o Fundo de Perdas e Danos para os impactos e o setor de eventos deve e pode colaborar, aqui tivemos um alerta para com nossos parceiros patrocinadores, pois houve um constrangimento com relação Coca Cola que foi indicado em relatórios da #breakfreefromplastic, como empresa das mais poluentes que estava se aproveitando do evento, num formato bem greenwashing e assim #ficaadica de quanto devemos estar atentos aos nossos parceiros nos eventos sob todas as perspectivas.

A guerra da Rússia e Ucrânia durando mais do que o imaginado (infelizmente) impactando as economias em geral e em especial a questão do fornecimento do gás, fundamental na Europa e vem preocupando muitos pavilhões nessa região.

E um evento de somente um dia como a eleição, balançou o país, com todas as polaridades, manifestações e até o melindre de uso do verde/amarelo, vejam só que loucura.