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Movimento convida artistas para resolver apagamento indígena pela inteligência artificial

Campanha #AIApagamentoIndigena pretende representar as etnias indígenas locais e alimentar a plataforma Midjourney .

A Scientia Consultoria, empresa especializada em pesquisas de patrimônio cultural anuncia o #AIApagamentoIndigena , movimento que surgiu da análise que verificou a plataforma de inteligência artificial Midjourney não reconhece os povos originários brasileiros. Ainda, não só não reconhece, como também não há acervo digital suficiente para que esses softwares identifiquem os rostos e suas etnias.

O intuito é ampliar o volume de imagens digitais de indígenas do Brasil para que, no futuro, a AI tenha acervo real dos povos originários. Dessa forma, o movimento convida artistas brasileiros, dentre eles um time de artistas indígenas, para ilustrarem as diversas etnias, como Guaraní Kaiowá, Xetá, Tupiniquim, Yanomami e muitas outras e, assim, a empresa vai subir essas imagens em programas de AI.

Ilustração-desenvolvida por @victoriacordeir0 retratando o povo AWÁ.

Se a evolução da AI é inevitável, então torna-se imprescindível a inclusão de diversas etnias no acervo digital e na construção dessas plataformas. “No Brasil, existem mais de 305 etnias indígenas, com culturas e línguas diferentes, mas suas histórias e vivências foram apagadas, desmatadas, poluídas, incendiadas e violadas por mais de 520 anos. Se o indígena brasileiro não tem representatividade na AI, muito se deve ao fato de que quem está na programação desses sistemas é o homem branco”, comenta Keylla Valença, gestora administrativa da Scientia Consultoria.

Para fazer parte do movimento, basta subir imagens de etnias indígenas brasileiras nas redes sociais utilizando a hashtag oficial #AIApagamentoIndigena e a hashtag da etnia em questão. Acesse o site para mais informações.

Foto: Divulgação