Como o mercado profissional de live marketing mudou no pós-pandemia?

Você, produtor de evento, especialista em experiência de marcas ou profissional de live marketing que acompanha o conteúdo Promoview deve ter visto ou ouvido falar o artigo sobre a falta de qualificação de profissionais, que dividiu opiniões há algumas semanas nas nossas redes sociais.

A matéria foi escrita em colaboração com profissionais da área que atuam em agências e empresas com foco em brand experience. Um cenário bem realista do pós-pandemia, a migração de mão para outros cargos e a necessidade latente de educação no mercado.

A repercussão da discussão trouxe comentários e pontos de vista diversos:

Para aprofundar o tema que já existia, mas cresceu muito em proporção devido à todo o contexto gerado pela pandemia de Covid-19 (sobretudo depois dela), resolvemos aprofundar o assunto buscando respostas para os seguintes questionamentos: 

• O perfil do profissional de live marketing mudou pós-pandemia?
• Como era e como ficou?
• As coisas mudaram ou voltaram a ser como eram antes?

Para isso, pedimos a opinião de profissionais que vivem o mercado e seus desafios diariamente e que quiseram contribuir para este panorama, através de um formulário aberto divulgado pelo Promoview entre maio e junho de 2023.

Agrupamos as respostas frequentes mesclando com opiniões relevantes, procurando absorver – e trazer neste novo artigo – quais são as características da pessoa que trabalha na indústria das experiências de marca. 

Confira o que descobrimos…

O perfil dos profissionais que participaram

Os entrevistados possuem uma faixa etária entre 23 a 58 anos, e são formados em áreas como marketing, tecnólogo ou especialização na área de eventos ou design, muitos atuam em cargos como: Designer de eventos, Atendimento, Gerente de Criação, Gestão de Marketing e Eventos, Produtor Executivo, e Planner.

Entre suas principais funções dentro das empresas estão: planejamento de campanhas, criação visual de projetos, ativação de marcas e gestão de orçamentos. 

Sobre os tipos de eventos que esses profissionais são mais contratados, as respostas variam entre congressos, feiras, festivais, shows, eventos corporativos, estandes, esportivo automobilístico e endomarketing.

Cenário pandêmico: qual era a realidade dos produtores de eventos e profissionais de live marketing na época?

O mercado precisou se adaptar de muitas formas durante o período da pandemia de COVID-19, entre março de 2020 a maio de 2022.

Em nosso segmento, duramente impactado, muitos profissionais afirmaram que foram dispensados de pelo menos uma da(s) empresa(s) em que trabalhava na época.

Para contornar a situação, estas pessoas se viraram nos 30 e isso gerou uma onda de migração para outros cargos/segmentos de trabalho. 

Algumas delas conseguiram vagas como representantes comerciais, motoristas de aplicativo, trabalhos freelancers e até um negócio próximo de locação de equipamentos para lives. 

Já quem se manteve ativo no mercado viu o impacto no valor recebido no “fim do mês”. Mas mesmo assim se mantiveram motivados a ponto de investir em cursos online para se aperfeiçoar nas mesmas ou em novas áreas.

Veja o depoimento de Danilo Lima, profissional de planejamento que atua como freelancer, que traz seu comentário sincero e construtivo sobre esse ponto, no nosso podcast, o ‘Na Escuta?’ episódio 8:

Assim como Danilo, a maioria dos profissionais que conversamos revelam que o tipo de contrato de trabalho que realizam é o PJ (Pessoa Jurídica), voltado para contratos de prestação de serviços por demanda. 

E da mesma maneira que muitos segmentos tiveram que migrar seu formato de trabalho, home office, com o universo das experiências de marcas não foi diferente. Os eventos se tornaram 100% digitais, com lives e programação remotas, bem como o planejamento, criação e execução desses eventos.

Tipo de contratação, remuneração e volume de trabalho do mercado de live marketing atual

O tipo de contratação que ainda se destaca, mesmo agora no período pós-pandemia, é o modelo PJ (Pessoa Jurídica), voltado para contratos de prestação de serviços por demanda. 

Outro ponto de vista bastante interessante é o da Emmanuelle Carvalho, que atua como Diretora Criativa e Planejamento Estratégico. 

Se tratando de formato de trabalho parece que a retomada do presencial voltou com tudo, mas não 100%. Afinal, muitas empresas seguem no formato híbrido, em sistema rotativo (alguns dias em home office e outros na agência, podendo ser alternado entre os colaboradores) que vem ganhando força e aderência do nosso mercado e de tantos outros.