Os Fuzileiros Navais são uma força integrante da Marinha do Brasil, responsável pela segurança de assuntos que dizem respeito aos interesses navais do País. Prontos para entrar em ação em terra ou na água, também são chamados de “Anfíbios”.
Mesmo um País pacífico como o Brasil precisa de uma tropa capaz de agir com rapidez diante de qualquer emergência. Principalmente se pensarmos na extensão de nosso litoral e nas nossas grandes redes hidrográficas. Aí entra a competência dos Fuzileiros Navais.
As primeiras tropas do mar vieram para o Brasil em 1808, junto com a Família Real Portuguesa. Receberam vários nomes até que fosse mantida, a partir de 1932, a denominação de Corpo de Fuzileiros Navais.
Ao longo da história, a participação de soldados-marinheiros pontuou vários episódios, como as batalhas pela Independência da República, as campanhas do Prata e a Segunda Guerra Mundial.
Nos conflitos mais recentes, os Fuzileiros Navais foram designados como Observadores Militares das Organizações das Nações Unidas (ONU) em El Salvador, Moçambique, Honduras, Bósnia, Ruanda, Peru e Equador. Participaram também da Força de Paz em Angola.
Ser Fuzileiro Naval requer resistência física. São realizados muitos treinamentos rigorosos e o desempenho nas atividades conta como ponto para a ascensão na carreira.
A conduta dos oficiais e dos praças também é observada para critérios de promoção e de participação em cursos e especializações, por exemplo. Isto exige dos Fuzileiros um bom histórico profissional e moral.
Lema: “Ad sumus”. Esta expressão latina significa muito mais do que seu sentido literal, “estamos presentes”. A mensagem é estar sempre a postos, preparados para defender a segurança, o patrimônio e a integridade da nação.
Para se tornar um Fuzileiro Naval, pode-se optar pela carreira oficial ou de praça. Entrar no Corpo de Praças de Fuzileiros Navais requer um concurso com exames de saúde, suficiência física e escolaridade, que inclui conteúdos até a 8ª série, além de testes psicológicos e outras exigências.
Já os Oficiais Fuzileiros Navais compreendem três quadros: Quadro de Oficiais Fuzileiros Navais (FN), Quadro Complementar de Oficiais Fuzileiros Navais (QC-FN) e Quadro Auxiliar de Fuzileiros Navais(A-FN).
Fazem parte do quadro Oficial os Fuzileiros Navais que vêm da Escola Naval e passam em concurso público. O quadro Complementar é composto por Oficiais com nível universitário. O quadro Auxiliar pode ser preenchido por Oficiais do Corpo de Praças de Fuzileiros Navais, que são transferidos através de concurso interno.
A Marinha já inspirou e faz parte de numerosas canções populares brasileiras. Desde Lamartine Babo, com “O Teu Cabelo Não Nega”, ou Braguinha, com “Tem Marujo no Samba”, até a “Mulata Fuzileira”, de Hervê Cordovil e Paulo Netto, as marchinhas de carnaval lembraram com alegria os Fuzileiros Navais.
Até mesmo uma escola de samba do Rio de Janeiro resolveu homenageá-los. Foi a Acadêmicos do Salgueiro, em 1958, com o samba-enredo “Exaltação aos Fuzileiros Navais”.