Em todos os ramos do conhecimento a presença do filósofo pode ser sentida. Seja defendendo, seja criticando, os filósofos procuram marcar suas posições diante de toda atividade humana que envolva a reflexão.
Sempre na esperança de poder encontrar algum critério ou princípio que justifique uma tomada de decisão ou uma argumentação qualquer.
Da religião às artes, buscou-se, muitas vezes em vão, fornecer algum esclarecimento sobre a melhor maneira de se posicionar a respeito dos assuntos mais interessantes do ponto de vista humano.
Frequentemente,-tinha-se a impressão de que um conhecimento da verdadeira atitude a ser adotada já havia sido estabelecido.
Porém, no instante posterior, outro filósofo rebatia essa postulação, argumentando que um entendimento geral de tudo não seria possível e que somente uma compreensão parcial poderia ser obtida.
Por causa dessas idas e vindas, o papel do filósofo na sociedade variou bastante. Ora ele vestia a toga de juiz imparcial e neutro que, de posse de uma razão absoluta, poderia determinar o princípio pelo qual todos deveriam se orientar.
Ora afastava-se do convívio dos outros, uma vez que em nada poderia influir para solução dos conflitos argumentativos, sendo obrigado a suspender seu juízo sobre o mundo.
A falta de uma função específica para a filosofia, devido ao fato dela procurar discutir todos os temas relativos ao entendimento humano, tornou-a uma disciplina de difícil aceitação quanto a sua participação social.
Eventualmente, a finalidade da filosofia é algo que apenas os filósofos poderiam opinar.
Entretanto, dadas as exigências de justificação de todos os princípios, a solução filosófica para definir a melhor concepção de filosofia está paradoxalmente enredada numa explicação circular que os próprios filósofos rejeitam.
Talvez a única alternativa para a quebra desse círculo seja deixar para a própria sociedade a definição do papel a ser exercido pelos filósofos.
Desta forma, o dia 16 de agosto tornou-se a Data Comemorativa do Dia do Filósofo.