O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016 reuniu na quarta-feira (23/06), em sua sede, no Rio de Janeiro, as oito agências finalistas que serão responsáveis pela criação da logomarca dos jogos que acontecerão no Rio daqui a seis anos. Brainbox Design (PR), Dupla Design (RJ), Future Brand (SP), Gad Design (SP), Soter Design (RJ), Studio Lúmen (PR), Tátil Design (RJ) e Vinte Zero Um (RJ) receberam o briefing técnico do que será preciso cumprir na criação da logomarca, que deverá ser entregue ao comitê até o dia 04/08.
A agência vencedora será conhecida em setembro e, a logomarca, apresentada durante um evento na praia de Copacabana em 31/12, virada do ano. Detalhes do briefing não foram divulgados aos jornalistas mas, segundo Leonardo Gryner, diretor geral do Comitê Rio 2016, os participantes demonstraram preocupação em tirar dúvidas do mínimos detalhes. Ele disse, ainda, que foram dúvidas mais técnicas do que formais.
Antes do briefing técnico, os finalistas ouviram as experiências do designer gráfico Brad Copeland, consultor do Comitê Olímpico Internacional (COI), de Theodora Mantzaris, que foi vencedora com a marca para o jogos de Atenas em 2004 e fez consultoria para outras edições do evento, como os jogos de Pequim em 2008 e da velejadora Isabel Swan, que falou de sua experiência como atleta na China e de sua visão sobre o uso da logomarca em diferentes aplicações.
O processo de escolha da logomarca prevê que haja uma ou mais alternativas no meio do caminho, diz Gryner. A primeira, seria a aprovação imediata da marca que deverá ter aprovação unânime. Mas é possível não haver nenhuma que obtenha os pontos necessários e, nesse caso, as oito agências voltam a trabalhar em suas marcas par aprimorá-las. Uma outra alternativa que pode acontecer e está prevista dentro do cronograma do COB para que a entrega da logomarca ao Comitê Olímpico Internacional (COI) não sofra atrasos, é que mais de uma agência consiga pontuações mínimas. Nesse caso, diz ele, as duas com melhor pontuação fazem um trabalho conjunto, aportado nas logomarcas já feitas. Gryner garante que nenhum desses ajustes fará com que o cronograma saia do previsto.
“Tudo isso está previsto dentro do cronograma. Ajustes são parte do processo e mesmo depois de aprovada a marca, ela pode ter que receber ajustes”, comentou Gryner. Ele também falou que a formação do júri, que terá 15 participantes, sendo eles representantes dos três níveis de governo, do COI e do COB, além de profissionais e personalidades com perfil para participar da escolha.
Beth Lula, gerente da marca Rio 2016, disse que a escolha das oito agências foi difícil e demonstrou o nível das empresas inscritas. “Foi um trabalho difícil apontar as oito finalistas, pois o nível das empresas inscritas foi excelente. Teremos uma marca de muito sucesso, que vai entrar para a história do movimento Olímpico e do design brasileiro. Durante o briefing técnico, ressaltamos que a marca precisa refletir a cultura local, mas ao mesmo tempo ter alcance global; precisa ser alinhada com os valores olímpicos, evitar estereótipos e ser inspiradora para diversos públicos. Além disso, deve refletir os conceitos de paixão e transformação do projeto Rio 2016″, disse ela.
As agências vencedoras receberão R$ 10 mil em pro labore e a vencedora ganhará ainda R$ 40 mil pela criação da marca e um contrato de seis meses com o COB, que pode ou não ser renovado para prestação de serviços de design. Para as agências participantes, o fato de o Brasil sediar uma competição olímpica será um divisor de águas para o design brasileiro e um grande desafio para os profissionais.