Menos de um dia após o seu lançamento, a logomarca Rio 2016 passou a ser alvo de comparações e acusações de plágio nas redes sociais da internet. Sócio e diretor de criação da Agência Tátil Design, Fred Gelli, em entrevista ao Lancenet, disse que já esperava que a logomarca dos Jogos Olímpicos Rio 2016 fosse alvo de comparação com outras. Ele até afirmou que vários desenhos ou símbolos ainda serão tidos como semelhantes à marca carioca.
Fred Gelli revoluciona ao criar primeiro símbolo em 3D para Jogos Olímpicos.
“Pessoas se abraçando e dançando é algo universal, vem desde as pinturas rupestres. De alguma forma, o movimento das pessoas dançando está no inconsciente coletivo. Isso até vai ser bom para a propagação da marca Rio 2016”, destacou Gelli.
Há quem veja indícios de semelhanças com o quadro “A dança”, do pintor francês Matisse, com o símbolo da Telluride Foundation, uma organização não-governamental que arrecada fundos para a promoção da cidade de mesmo nome, em Colorado, nos Estados Unidos, e outros já enxergaram até a aparência de uma chupeta.
“Fizemos uma ampla pesquisa, até porque, sabíamos que uma marca semelhante a uma já existente seria impedida de competir. E essa marca Rio 2016 passou pelo crivo de instituições de registro do mundo inteiro”, salientou Gelli.
O diretor de criação da Tátil ainda reconheceu desconhecer a logomarca da Telluride Foundation mas frisou que ela em nada se assemelha a dos Jogos Rio 2016. Ressaltou que umas das diferenças fundamentais entre as duas é o fato de a carioca ser tridimensional.
“A proposta de ambas as marcas é diferente. A nossa é tridimensional, as pessoas podem viver uma experiência com ela. Outro detalhe que passou despercebido, os bonecos representam também atletas: o verde pode ser um jogador de vôlei dando uma cortada, o azul, um remador ou um atleta de saltos ornamentais e, o amarelo, um goleiro”, apontou Gelli.