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Ensaio sobre mudança

Por mais que haja resistência, a cultura empresarial sofrerá influências, que vão acabar transformando, o que antes era usual, em algo um pouco diferente.

Hoje, minha reflexão, vai numa direção que normalmente nos tira o sono, além de provocar grandes dores de cabeça. 

FRASE DE PARA-CHOQUE DE CAMINHÃO

Quem gosta de mudança é o presidente da Granero. 

Pensem em nossas mudanças de residência, por exemplo, nos deparamos com um trabalho insano de embala e desembala.

Arruma,-desarruma.

Guarda, joga fora.

Arranjar novos lugares para velhos pertences.

Sempre tem alguma coisa para renovar, rever, repensar.

Não é assim?

Até os quadros estarem todos nas paredes, leva-se um tempo.

Nós percebemos nossas diversas variações de humor, ou porque achamos algo que estávamos procurando há tempos, ou porque perdemos outra coisa que não gostaríamos de perder.

Mas o fato é, que mudança é uma operação complexa. 

Luiz, ok. Entendi. Mas tudo o que você acabou de colocar, parece ter uma similaridade muito grande com o que acontece nas mudanças internas nas empresas. 

Não é verdade? 

Não tenha a menor dúvida que sim.

Pensem no transtorno que é, para uma empresa, passar por um processo de mudança de estrutura, de cultura ou mesmo, um processo de fusão e incorporação.

Por algum tempo, que vai variar de indústria para indústria, colaboradores, clientes e fornecedores irão conviver com diferentes conceitos, algumas diretrizes sem sentido, incertezas no quadro de colaboradores.

Não tenham dúvida que muitas coisas serão alteradas, interna e externamente. E por mais que haja resistência, a cultura empresarial sofrerá influências, que vão acabar transformando, o que antes era usual, em algo um pouco diferente.

 FRASE DE PARA-CHOQUE DE CAMINHÃO

Quem gosta de desafio é repentista.  

Quando estas mudanças ocorrem por conta de processos de reestruturação organizacional, fusão, incorporação, compra e venda, para o colaborador da empresa envolvido nesta realidade nova, acaba gerando insegurança quanto ao futuro, bate um medo enorme de perder sua posição, ser rebaixado, ter que mudar de chefe, de mesa, de local de trabalho, enfim. Lembram do início deste ensaio?

Trata-se de uma mudança. 

Em minha vida profissional, passei por 16 desses processos de compra e venda, e fusões de empresas.

Jamais perdi minha posição em nenhum deles.

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Se isso foi bom ou ruim, não quero neste momento fazer nenhum juízo de valor. O fato é que fui em frente.

Sempre trabalhei na área de comunicação e marketing. Nestas áreas, que acabam tendo a missão de comunicar essas mudanças, este é um momento muito rico em termos do aprender, do compartilhar, do como gerir esta circunstância.

Em um destes processos, tive que ir para um escritório, fazer uma fila e demitir as 12 pessoas do departamento, sem jamais tê-las visto. Salvei três. Principalmente, pela atitude positiva, na conversa. Um deles, é hoje, um importante executivo da área de saúde e previdência. 

Em outra oportunidade, contratei toda a equipe de uma organização que estávamos incorporando. Hoje, a moça que era estagiária e cuidava da agenda dos boys, faz parte da alta gerência de um grande banco. 

A pergunta que vale 1 milhão de reais: como agir, como atuar, o que fazer nestas ou em qualquer situação de mudanças?

Eu tomei para mim cinco mandamentos: 

1.    Não faça perguntas pessoais.

2.    Não dê respostas de sua imaginação

3.    Fique alerta

4.    Não se esconda

5.    Atitude positiva 

Explico.

Não fazer perguntas é importante pois, dependendo do teor da questão, seu interlocutor não saberá responder e, provavelmente está com uma dúvida semelhante à sua.

Você corre o risco de ouvir algo que não é verdadeiro, podendo te preocupar ainda mais.

Sua dúvida pessoal será esclarecida a seu tempo. 

Não de respostas. Se você não sabe a resposta, para que especular?  Só deixará seu interlocutor mais confuso. Acredite, ele também não sabe o que está rolando. Ele também se sente ameaçado. 

Ficar alerta, significa estar ligado nos humores, naquilo que vem da “corte”, sejam eles quais forem. E ao perceber algum movimento novo, guarde para si. Só compartilhe com pessoas de sua inteira confiança. 

Não adianta se esconder, vão te achar em algum momento, e aí, você perdeu um tempo precioso. Mantenha-se ocupado. Continue com suas atividades normalmente.

Atitude positiva é estar, principalmente, disposto a ouvir, escuta ativa, e quando perguntado, apresentar sempre o lado positivo que existe no que está acontecendo. Tenha certeza, ele sempre existe. 

A chave para o sucesso, nestas ocasiões, é aprender. Aprender tudo que te for oferecido. Não se trata de ser um puxa saco ou um yesman. Mas sim de conhecer uma nova cultura, novas pessoas. Afinal é uma oportunidade enorme de você crescer e amadurecer enquanto profissional. 

Faça aquilo que não te traga arrependimento e dor.

Apenas com bom senso.

Aquilo que você acredita.

Carpe diem. 

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