Os responsáveis pela organização de uma festa de axé, realizada no ano de 2013 e destinada ao público entre 12 e 17 anos de idade em uma boate na Savassi, na região centro-sul de Belo Horizonte, decidiram cancelar o evento. Isso ocorreu após grupos de médicos ameaçarem recorrer à Justiça.
A festa provocou polêmica porque, no material de divulgação, os promotores prometiam brindes para ‘meninas que ficarem com meninos’.
E as promessas iam mais longe. O brinde em questão era um colar e, de acordo com os cartazes, no final do evento, a menina que tivesse mais colares ganharia um ingresso do Axé Brasil, festival de música baiana a ser organizado na capital mineira nos dias 15 e 16/04.
Já a jovem que ficasse em segundo lugar, no número de colares, seria contemplada com ingressos para os próximos três eventos do gênero que fossem promovidos. A promoção levou a Associação dos Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig) e a Sociedade Mineira de Pediatria (SMP) a encaminharem carta ao Juizado da Infância e Adolescência e ao Ministério Público Estadual (MPE). Foi feito alerta para a ‘prática promíscua’ na divulgação da festa.
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O folder dizia ainda que a idade permitida no local era apenas de 12 a 17 anos, com apresentação obrigatória da certeira de identidade original. Dentro da lei Esta seria a terceira edição do evento, batizado de ‘Axé Brasil Teen’.
Os promotores alegaram que todos foram organizados dentro da lei, em boate que possui alvará de funcionamento, mas resolveram cancelar a festa para evitar mais polêmica. A DM Promoções, responsável pela iniciativa, divulgou nota informando que não tem nenhuma relação com o evento para adolescentes, e que vai tomar medidas cabíveis por causa do uso indevido da marca. Fonte: Agência Estado.