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Setor hoteleiro no sudeste terá investimento de R$ 2 bilhões

<p style="text-align: justify;">Uma pesquisa realizada pelo Senac sobre a Copa de 2014 aponta que até a realização do evento está previsto o investimento de R$ 2.175.461.000 na construção de 76 hotéis, com 12.998 UHs, na região Sudeste, gerando 7.073 novos empregos.

Dando continuidade à agenda de sessões plenárias, a 53ª edição do Congresso Nacional de Hotéis – Conotel 2011, que aconteceu de 08 a 10/11, em São Paulo, contou com palestras sobre capacitação, treinamento e práticas para a atração e retenção de talentos; turismo receptivo no Brasil: perspectivas e oportunidades; ferramentas de comercialização e marketing em um mercado super demandado; e preparação da hotelaria para o consumidor contemporâneo.

Cerimônia de abertura da Conotel 2011.

A primeira palestra no segundo dia do evento,  teve Nerleo Caus, da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Espírito Santo (ABIH-ES) como moderador, Antonio Henrique Borges, do Senac Nacional, e Fernando Medeiros, da Accor Hospitality, como palestrantes, e Silvone Assis, da Escola Virtual de Meios de Hospedagem, e Luiz Sales, da SPTuris, como debatedores.

“Esta pode ser ou não a hora H da hotelaria brasileira, depende se aproveitaremos o momento da forma certa”, afirmou Borges, acrescentando que o setor hoteleiro tem sido pouco contemplado no âmbito político, que tem como foco o turismo emissivo, gerando déficit à economia brasileira. De acordo com ele, uma pesquisa realizada pelo Senac sobre a Copa de 2014 aponta que até a realização do evento está previsto o investimento de R$ 2.175.461.000 na construção de 76 hotéis, com 12.998 UHs, na região Sudeste, gerando 7.073 novos empregos. O estudo também revelou que há 101 milhões de pessoas na classe C, mas apenas 4% delas estão viajando, contra 48% da população enquadrada da classe A e 47% na B.

Medeiros, responsável pela área de recursos humanos da Accor na América Latina, afirmou que “esse é um período no qual nunca se cobrou tanto do profissional de RH. É a hora de apostarmos na gestão, na capacitação e no treinamento para a atração e retenção de profissionais qualificados, uma vez que os talentos estão em falta”. Uma pesquisa sobre turn over realizada em 27 hotéis de todas as categorias no período de julho a outubro deste ano mostra que 50% dos desligamentos são espontâneos. Para reverter esse quadro, o especialista afirma que é necessário utilizar a meritocracia para valorizar o desempenho dos profissionais, e para melhorar o desempenho é preciso investir em treinamento, uma vez que quase 100% dos colaboradores têm contato direto com os clientes

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E com foco na capacitação, Silvone contou que em 2010 a Escola Virtual de Meios de Hospedagem criou cinco novos cursos à distância e formou 4.564 alunos com alto índice de satisfação. “Nesse ano estendemos o projeto de 12 para 33 cidades e formamos 12.452 profissionais, incrementando o número de concluintes em 85%”, conta. “Temos que importar mão-de-obra. Essa é uma estratégia que os Estados Unidos e a China têm utilizado, e com sucesso. Nunca, neste país, uma entidade associativa capacitou tantas pessoas e articulou para se unir a outras instituições a fim de realizar tantas ações positivas. A Abih esta de parabéns”, completou Safadi.

  • Receptivo

Na sessão plenária sobre receptivo, Rubens Régis, da Resorts Brasil, apresentou dados do Ministério do Turismo que revelam que o número de turistas internacionais que visitaram o Brasil em 2010 (5,16 milhões) foi menor que o registrado com destino à Argentina (5,29 milhões) e à África do Sul (8,07 milhões).

Guilherme Paulus, da CVC, acredita que “os grandes eventos trarão novos negócios e desafios para o nosso mercado”. Uma pesquisa da Ernst & Young apresentada por ele mostra como perspectiva para a Copa do Mundo no Brasil prevê a presença de 7.480 milhões de turistas no país em 2014, além da geração de receita de US$ 8,73 bilhões, enquanto para os Jogos Olímpicos a estimativa é a entrada de 9.855 milhões visitantes estrangeiros e mais US$ 10,65 bilhões de receita.

Falando sobre São Paulo, Luiz Sales, da SPTuris, afirmou que há grande ansiedade para a realização da Copa. “As pessoas não percebem que ela já começou: as reformas já tiveram início, os materiais publicitários já estão na gráfica. Essa foi uma grande conquista para o país e também para a cidade, que sediará diversas ações”, comenta.

Finalizando a apresentação, Toni Sando, do São Paulo Convention, afirmou que ao invés das divulgações e promoções focarem viajantes estrangeiros, deveriam levar em conta os turistas domésticos, já que muitos não conhecem o país. De acordo com ele, “o convention trabalha cirurgicamente na captação de eventos, na capacitação e na comunicação. A hotelaria hoje representa 90% da receita do convention e é com a quantia conquistada com o setor que desenvolvemos nossas ações”. Para melhor atender a demanda de quem viaja a negócios, realiza ou participa de e eventos corporativos na cidade, o SPCVB apresentou um mapa-calendário, que identifica a oferta hoteleira existente e a programação de eventos no destino. Uma iniciativa que atende às expectativas das agências de viagens.