Esqueça a imagem do jovem assistindo dancinha no TikTok o dia todo. A rede, que ficou conhecida por este tipo de conteúdo, até agrada, mas não é a que mais atrai a geração Z. Uma pesquisa da HSR (Specialist Researchers), que ouviu 1.000 pessoas das classes A, B e C nas principais capitais brasileiras, revela que o Instagram é a rede social preferida de quem tem entre 18 e 25 anos, com 62% das citações. O TikTok aparece empatado com o Twitter, com 19%.
O WhatsApp, que, em questão de uso, reina em todas as faixas etárias, é visto como útil, mas não é adorado da mesma forma entre as diferentes gerações. Ele é citado como o predileto de 77% das pessoas entre 41 e 60 anos, mas despenca para 60% entre os jovens.
O estudo Movimentos Geracionais, que teve como foco identificar os principais valores e formas de consumo da Geração Z, de modo a ajudar empresas a entenderem melhor os seus negócios, também revelou o que muitos já desconfiavam: o Facebook caiu no ostracismo entre os mais novos. A rede social de 2004 só foi mencionada por 12% da Geração Z. Em compensacão, entre os Baby Boomers (acima de 61 anos), a rede tem 49% da preferência.
“Vemos que os perfis nas redes sociais de diferentes canais de notícias têm percebido essa preferência dos jovens, adaptando sua linguagem, seus apresentadores e produzindo conteúdo exclusivamente para o digital”, diz Karina Milaré, diretora da REDs, da HSR.
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Uma surpresa da pesquisa foi a revelação do que, ao contrário do que muitos pensam, os jovens gostam de frequentar livrarias físicas, mais do que navegar em ambientes virtuais em busca de obras de seu interesse. Os estabelecimentos reais, em ruas ou shoppings, atraem 59% dos integrantes da Geração Z, enquanto 36% preferem os virtuais. Nesta geração, 5% declararam não frequentar livrarias de nenhum tipo, o que só acontece com 1% das pessoas entre 26 e 40 anos.
Uma propaganda antiga diz que o cinema é a melhor diversão, e, a julgar pela pesquisa, parece que o telão é o melhor programa mesmo. Ele foi o mais citado entre todas as gerações quando os entrevistados foram indagados sobre os programas culturais que mais gostam. Os jovens apontaram em segundo lugar shows de música (56%) e mostraram-se interessados também em museus (31%). O menos frequentado é o teatro (22%), que tem a preferência de quase metade dos mais velhos (48%).