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CNC discute condições do setor aéreo para a Copa

Para falar sobre o assunto, foi convidado o coronel aviador Ary Rodrigues Bertolino, que chefia o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).

Atento à Copa do Mundo e suas implicações para o turismo brasileiro, o Conselho de Turismo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) debateu o planejamento do setor aéreo para o evento.

Para falar sobre o assunto, foi convidado o coronel aviador Ary Rodrigues Bertolino, que chefia o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).

O coronel Bertolino explicou que o sistema de monitoramento do tráfego aéreo no Brasil é integrado, controla os movimentos aéreos civis e militares e é feito pela Aeronáutica. “Monitoramos tudo o que voa no Brasil”, afirmou Bertolino.

Ary Rodrigues Bertolino esteve no Conselho expondo as condições do tráfego aéreo (Foto: Christina Bocayuva).

Ele explicou que o planejamento para os grandes eventos começou a ser desenhado em 2008, foi implementado em 2011, finalizado e, agora, começa a divulgação.

Mas para o chefe do CGNA a preocupação não está na liberação de cerca de dois mil voos pela Anac, mas na chamada aviação geral ou executiva, que inclui voos fretados, taxi aéreo e aviões particulares. “O que foi autorizado significa um aumento de cerca de 0,8%. Nossa preocupação não é com o tráfego de passageiros, mas com os voos particulares, voos charter.”

Ainda segundo o coronel Bertolino, estudos e análises feitas pelo Decea estimam um aumento na demanda do espaço aéreo para 2014 de cerca de 2% para a aviação de passageiros e de até 150% para a aviação geral/executiva, principalmente nos jogos das semifinais e da final da Copa.

O coronel Bertolino apresentou o esquema de segurança e controle do espaço aéreo e falou sobre como está o planejamento em todos os terminais que receberão passageiros da Copa do Mundo, além das normas de segurança dos estádios durante os jogos.

Os estádios terão o espaço aéreo protegido por períodos que precedem a competição e também após a disputa, levando-se em consideração, inclusive, o tempo de possíveis prorrogações ou disputas de pênaltis. Um manual foi disponibilizado no site do Decea explicando essas alterações.

O Decea acompanhou, entre outros grandes eventos, a Copa do Mundo de 2006, na Alemanha; de 2010, na África do Sul; os Jogos Olímpicos de Londres (2012); a Rio+20. As experiências, os erros e os aprendizados foram acompanhados e debatidos pelo Decea com os responsáveis pelo controle aéreo nesses países, mas o mais importante, segundo o coronel Aviador, foi o mapeamento feito no Brasil e o trabalho que o CGNA vem desenvolvendo.

“Identificamos a capacidade dos nossos aeroportos, das nossas pistas e do tráfego aéreo, sabemos qual é a demanda. E é com isso que vamos trabalhar”, afirmou o coronel.

Ary Rodrigues ainda concluiu o assunto. “Tenho certeza de que estamos preparados.”

Para o presidente do Conselho de Turismo da CNC, Alexandre Sampaio, o crescimento do tráfego aéreo nacional trouxe desafios e problemas para a Aeronáutica. Por isso, foi importante conhecer como estão os preparativos para os grandes eventos.

“O que o coronel demonstrou é que o País tem uma estrutura histórica muito bem fundamentada, com conhecimento e atuação nesse campo. A Aeronáutica se adaptou e vem crescendo de forma coordenada, ouvindo companhias aéreas, concessionárias de aeroportos e buscando, de maneira articulada, atender às demandas nacionais. E também tem planejado o futuro.”