A Fifa fez reunião fechada com patrocinadores no dia de ontem (20/08), para debater medidas contra corrupção. Mas nem todos compareceram. Estiveram na sede da entidade na Suíça executivos de AB InBev, Adidas, Coca-Cola, McDonald’s e Visa. Não participaram nem Hyundai/Kia, nem Gazprom.
A Época apurou com fonte presente no encontro que todas as patrocinadoras foram convidadas. Os motivos das ausências, no entanto, não foram esclarecidos.
A Gazprom é patrocinadora apenas da Copa do Mundo de 2018 na Rússia – empresa de energia, a maior do país que sediará a próxima edição do torneio, é controlada pelo governo russo de Vladimir Putin.
Foto: Michel Probst/AP Photo.
Hyundai e Kia, pertencentes ao mesmo grupo, são “parceiras Fifa”, mais alto e caro nível de patrocínio disponível. Faz menos de um mês que o sul-coreano Chung Mong-Joon, acionista majoritário da Hyundai, declarou a intenção de assumir a presidência da Fifa quando Joseph Blatter desocupá-la. Desde então, o empresário tem atacado o cartola suíço, a quem chamou de “canibal corrupto”.
Blatter, aliás, esteve na abertura e no encerramento da reunião com patrocinadores, mas não ficou no decorrer dela. François Carrard, escolhido neste mês de agosto pela Fifa como agente independente para presidir o Comitê de Reforma, participou de todo o encontro.
A reunião foi realizada por executivos da Fifa para tentar acalmar patrocinadores. Alguns criticaram publicamente a entidade depois que investigações de autoridades americanas resultaram na prisão de cartolas. Só no ciclo da Copa brasileira, de 2011 a 2014, essas empresas depositaram US$ 1,62 bilhão na conta da Fifa.