A Abril e o Google realizarão dois eventos sobre a liberdade de expressão na internet durante o mês de agosto. No dia 9, em Brasília, no Instituto Brasiliense de Direito Publico – IDP, e no dia 26, em São Paulo, na Associação dos Advogados de São Paulo – AASP. Os encontros coincidem com a aproximação do período eleitoral, durante o qual aumenta o número de pedidos de remoção de conteúdo da internet.
O Fórum Abril-Google sobre Liberdade de Expressão reunirá especialistas para uma discussão sobre humor na crítica política e o direito ao esquecimento. O encontro tem como objetivo aprofundar o debate sobre como o ecossistema que alimenta a internet — formado por usuários, imprensa e outros produtores de conteúdo, e reguladores em todas as esferas de governo — pode se beneficiar de um ambiente aberto, pautado pela liberdade de expressão.
O Fórum de Brasília contará com o Ministro Gilmar Mendes, e o de São Paulo com o Ministro Luís Roberto Barroso, ambos do Supremo Tribunal Federal, seguidos de dois painéis, com os mesmos temas, mas palestrantes diferentes em cada cidade. Um painel abordará a liberdade de expressão nas eleições, a atuação dos eleitores nas mídias digitais e o uso de humor como crítica política. Em São Paulo, contará com a participação da Internet Lab e da FGV, que divulgarão novos estudos sobre a tolerância à crítica política e debaterão suas opiniões diretamente com juízes eleitorais. Humoristas do Sensacionalista (em São Paulo) e do Porta dos Fundos (em Brasília) tratarão dos desafios de produzir conteúdo nesse contexto. No segundo painel, especialistas debaterão se o Brasil precisa de um "direito ao esquecimento", em contraste à relevância de outras garantias como os direitos à memória, à informação e à liberdade de expressão.
“O Brasil tem maturidade democrática para que possamos debater abertamente questões relacionadas à privacidade na web versus o direito de informação da sociedade”, disse Walter Longo, presidente do Grupo Abril. “Devemos participar deste debate e estar preparados para enfrentar o desafio de conciliar as novas formas de comunicação com as garantias democráticas fundamentais, como a liberdade de expressão e o direito à privacidade."