Acredito que a palavra diversidade nunca foi tão ouvida como nos tempos atuais.
Comumente, a associamos a questões raciais, de gênero e orientação sexual. E não está incorreto pensar desta forma, mas o meu exercício aqui é provocar reflexões: O que vem a sua mente quando você ouve a palavra Diversidade?
Como falamos de negócios, de brand experience, e esta coluna chama-se Protagonismo no Brand Experience, fiquei refletindo sobre este assunto para entender quais abordagens trazer sobre o tema a partir do ponto de vista diverso, e me deparei com outras formas de diversidade que gostaria de abrir para discussão.
É claro que quando falamos de inclusão e diversidade tangido pelas vertentes do ESG precisamos nos atentar para sermos efetivos e mudarmos o ponteiro da equidade dos grupos minorizados, mas isso não quer dizer que devemos olhar diversidade apenas sob este ponto.
Eu listei alguns tipos de diversidade que me vieram em mente e que eu tenho me provocado a questionar se elas estão presentes no desenvolvimento das estratégias e condutas do dia a dia:
- Diversidade cultural
- Diversidade territorial/ regional
- Diversidade de narrativas
- Diversidade de corpos
- Diversidade etária
- Diversidade de acessibilidade (física e digital)
- Diversidade religiosa
- Diversidade econômica
No artigo anterior eu falei sobre dar Protagonismo Negro. Trazer essa expansão das diferentes formas de diversidade faz com que possamos nos provocar a pensar de uma maneira mais ampla no momento de criação dos nossos projetos de brand experience e no nosso dia a dia.
Trago um exemplo: O formato home office expandiu a possibilidade de trabalharmos com pessoas de outras cidades, estados e as vezes até países, agregando na diversidade cultural e também na diversidade territorial. O quanto rica não é a colaboração desta pessoa para trazer novas narrativas para os projetos?
Desenvolver um projeto sem pensar ou analisar como gerar oportunidades ou como são diferentes os níveis e formas de acessos que cada indivíduo possui, seja de forma física ou digital, também é uma forma de pensar diversidade.
Planejar, por exemplo, uma ação digital para uma comunidade/ público que não tem acesso à internet de qualidade pode provocar uma experiência ruim para a marca, assim como planejar um evento que não tenha acessibilidade para uma pessoa PCD permanente ou temporária também.
Estes exemplos podem parecer óbvios, mas nada é óbvio quando falamos em inclusão e diversidade. É preciso pensar, refletir e principalmente (muitas vezes) dizer o óbvio pois ele claramente não está sendo praticado em sua plenitude.
Esses dias eu estava lendo uma matéria, inclusive escrita por um amigo e colega de mercado, que falava sobre o Brasil Real que muitas vezes (ou quase sempre) não é retratado na publicidade e em outros segmentos. Ampliar o olhar sobre essas diferentes formas de diversidade favorece a criação de ações que retratem também esse Brasil Real que fomos distanciados ao longo dos anos.
Diversidade nos gera oportunidades de reflexão, oportunidades de negócios, além da criação de projetos mais assertivos, e claro, movimenta economia.
Dessa provocação inicial que eu fiz por aqui, você conseguiu expandiu o pensamento quando ouve a palavra diversidade? Vamos falar sobre isso!