A edição de 2024 do Festival de Verão, tradicional evento de música que acontece em Salvador/BA, celebrou 25 anos de existência e trouxe inúmeras reflexões acerca da fórmula utilizada na criação de eventos musicais, além de abordar questões sobre como os mercados de marketing e entretenimento se moldam de maneira responsiva.
Com ativações pomposas, stands bem organizados e fluidez, o evento nordestino, que é considerado um dos festivais mais expressivos do Brasil, nos remeteu ao formato trabalhado no icônico e globalmente conhecido Rock in Rio, principalmente no que tange sua estrutura, dinâmica e grade musical, provando que os níveis de qualidade dos eventos regionais crescem cada vez mais, gerando entregas com maior relevância e impulsionando o mercado local.
Esse movimento prova que lindos photo opportunities (contemporaneamente apelidados como instagramáveis) com vieses estéticos que “congelam o instante”, garantindo chuvas de likes e a perpetuação do momento, não são mais o suficiente para gerar uma verdadeira experiência de marca.
Uma boa experiência de marca não se resume aos traços estéticos com visual descolado, brindes para colecionar e um texto de treinamento para captar os dados do público. Ela deve despertar sentimentos e se desdobrar em uma extensa e intensa cadeia de valor de maneira pertinente, funcional e conectada com a realidade, com narrativa e histórias para contar de maneira interativa.
Verdadeiras experiências unem, equilibram, divertem, acolhem, são úteis e sustentáveis.
A grade do festival misturou estilos em um show de representatividade, o que aproximou e embalou o público em uma só voz. Teve Rap e Pagode por Baco Exu do Blues e Psirico, Pop urbano latino e Samba por Gloria Groove e Péricles, Swingueira e Pop Funk Carioca por Léo Santana e Luísa Sonza e muito MPB, Música Eletrônica, Alternativa, R&B, Soul, Hip Hop, Pagodão e o tradicional Axé, ritmo raiz da capital baiana.
Não sendo o suficiente, o Festival de Verão 24 emocionou o público “pausando as férias radicais” de Caetano Veloso, figura importantíssima na cultura brasileira que apresentou as canções da turnê “Transa”, para celebrar o aniversário do evento.
A ecologia se uniu à música para comprovar que é possível ser responsável sem ser demodê. Prova disto foi a Coca-Cola que uniu sustentabilidade e diversão para se comunicar. De um lado, uma estação de tratamento de lixo reciclável gerado no festival destinava os resíduos para um local seguro para ser reutilizado posteriormente, gerando uma cadeia econômica.
Do outro lado, uma mega estrutura em formato de escorregador
convidada o público para um momento de aventura, conectando-o aos
atributos da marca para gerar lembrança.
Seguindo a tendência de quebra de paradigmas do festival, a Avatim não deixou por menos e provou que é possível ter conforto de maneira funcional em meio à turbulência da rotina. A marca exalou aromas extremamente agradáveis e “derramou” deliciosos produtos, provando performance e convidando o público para uma pausa e um respiro em meio à correria.
Não satisfeita, entregou qualidade e representatividade através dos sentidos com distribuição de picolés personalizados em parceria com a tradicional marca de picolés baiana Capelinha. Produtos esses inspirados nos novos produtos Avatim. Foi especial, simples e se entrelaçou em perfeita harmonia com o momento, reverberando
positivamente.
Pessoas pedem por profundidade. É necessário sair do raso para ser importante de verdade
A demandas do mundo são reais e as marcas precisam se desafiar a mudar. Mudar os seus modelos internos, externos e os seus contextos. Ainda existe o receio do “choque”, mas, será que chocar é tão ruim assim? Ainda resta tempo para as marcas serem tão sutis?
A forma de pensar as coisas mudou, pois, as pessoas mudam.
Elas se reinventam, se moldam, se adaptam e crescem. E assim aconteceu com Festival de Verão e com as marcas que acreditaram, apoiaram e investiram nessa evolução.
Marcas são poderosas ferramentas de construção social e compreender esse papel faz parte de um constante processo de melhoria do mundo.
E para você, a quão transformadora está sendo a jornada das marcas que
você convive?