Unified commerce

Estudo da Wake diz que quase 80% dos consumidores usam múltiplos canais para compras

Levantamento avaliou o comportamento de compra, com a Wake apontando para a importância do conceito de unified commerce

Um novo estudo, conduzido pela Wake em parceria com a Opinion Box, indica que 78,9% dos entrevistados combinam lojas físicas, e-commerce, aplicativos e redes sociais para encontrar os melhores preços e conveniência na aquisição de produtos. Em contraste, apenas 11,7% dos consumidores preferem as lojas físicas e 9,4% optam exclusivamente pelo online.

Segundo a pesquisa, os números apontam para uma preferência do consumidor para o conceito de unified commerce — ou seja, uma estratégia multicanais onde o varejista unifica esforços online e presenciais para uma experiência de compra mais completa, integrando os dados do cliente por toda a cadeia.

Imagem mostra uma tela de notebook aberta em um site de compras, simbolizando estudo de e-commerce da Wake
Imagem: FreePik/Reprodução

Unified commerce x Omnichannel: qual a diferença

Devido à natureza de conexão em vários pontos para o consumidor, há quem possa pensar que o “unified commerce” seja apenas um novo nome para a estratégia omnichannel, mas a Wake ressalta não ser este o caso.

Ainda que ambos os conceitos possuem hiperconectividade e abertura de várias frentes comerciais para a mesma compra, o omnichannel oferece múltiplos canais de venda (loja física, e-commerce, aplicativo, etc.) que estão conectados entre si, mas cada um com a sua própria gestão.

Enquanto isso, a estrutura de unified commerce tem uma única plataforma que integra todos os canais de venda. O cliente tem uma experiência de compra única e consistente, independentemente do canal que escolher.

Para a Wake, isso comprova que estamos no meio de um processo de evolução, saindo do omnichannel e entrando cada vez mais no unified commerce: “a competição entre o online e o offline não faz mais sentido no varejo moderno, já que a estratégia de unified commerce integra a jornada do consumidor, centralizando seus dados e tornando-os acessíveis em todos os canais — sejam lojas físicas, aplicativos ou sites”, comenta Alessandro Gil, VP da empresa.

“Com opções como ‘comprar online e retirar na loja’ ou ‘comprar na loja e receber em casa’, além da tecnologia OMS – que centraliza e gerencia pedidos em diferentes canais, eliminamos rupturas de estoque e garantimos uma experiência de compra contínua, independente do canal”.

Alessandro Gil, VP da Wake

O comportamento de compra do consumidor, segundo estudo da Wake

O estudo da Wake também revelou padrões de frequência e preferência de canais entre os consumidores. Cerca de 37,5% dos entrevistados realizam compras mensalmente, enquanto 37,3% visitam lojas ao menos uma vez por semana. O primeiro contato para buscas de produtos ocorre principalmente em sites de busca (43,8%), seguido por aplicativos de lojas (42,9%) e redes sociais (34,6%).

Entre os consumidores que compram exclusivamente online, o site da própria loja é a principal escolha, com 68% de preferência. Apps oficiais representam 58%, e redes como Instagram e WhatsApp também têm papeis relevantes.

A integração de canais é ainda mais valorizada no pós-compra. No contato com marcas, 50% dos consumidores preferem o WhatsApp, destacando-se como o principal canal de comunicação pós-venda, seguido pelo e-mail (22,1%) e redes sociais (12,3%).

Preferências de canais mudam conforme o tipo de produto

A pesquisa ainda mostrou que categorias de produtos específicos influenciam a escolha do canal. Enquanto alimentos e bebidas são mais comprados em lojas físicas (54,3%), roupas, calçados e eletrônicos apresentam equilíbrio entre os canais físico e online, destacando a flexibilidade do consumidor nesse segmento.

Essa realidade reforça o papel do varejo físico para itens perecíveis e de uso diário, que demandam avaliação pessoal. No entanto, para categorias como moda e eletrônicos, o consumidor se sente confortável em transitar entre canais, especialmente com a integração de opções como “comprar online e retirar na loja” ou “comprar na loja e receber em casa”, facilitadas pelo sistema de gerenciamento de pedidos.O estudo da Wake e Opinion Box contou com 1.000 consumidores brasileiros entrevistados.