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Live Marketing não é Live Commerce: entenda a diferença

Os termos podem trazer confusões, principalmente para os não especialistas, mas as estratégias são utilizadas com objetivos e finalidades distintas

Live marketing e live commerce diferença
Foto: Canva/Divulgação Coca-cola

Live Marketing, Live de Marketing, Livestream marketing, Livestream E-commerce, Live Commerce… Para os não especialistas, pode até existir uma confusão entre as nomenclaturas, mas cada termo possui o seu próprio significado e aplicação.

Portanto, para que não existam mais dúvidas, vamos explicar a diferença entre Live Marketing e Live Commerce. O Live Marketing é uma vertente do marketing presencial, que proporciona experiências que aproximam e criam conexão emocional entre marcas e consumidores.

O termo tem origem no Marketing Promocional que, no começo, envolvia toda a estratégia utilizada para a marca “promover” um produto. Entretanto, no português, a palavra é mais associada somente à descontos e ações de compras e sorteios, fazendo com que o termo inicial fosse diluído em diferentes tipos de estratégias de divulgação, como o Marketing Digital, Trade Marketing e Live Marketing.

A área está principalmente no mercado de eventos, mas também integra ativações e ações de incentivo. Aqui, o “live” ou “ao vivo” é, como dito anteriormente, relacionado ao presencial. Por outro lado, o “live” de “Live de Marketing” ou “Live Commerce” está ligada a função das redes sociais e plataformas de realizar “transmissões ao vivo” ou, na linguagem popularizada da internet: “fazer uma live”.

No Live Commerce as empresas integram transmissões ao vivo com plataformas de e-commerce, permitindo que as marcas, por meio de influenciadores ou figuras públicas, realizem a venda de produtos para os consumidores em tempo real. Existe o contato, mas ele é totalmente virtual.

Resumindo, a diferença é que live marketing é usado para descrever ações de marcas presenciais, enquanto o live commerce fala sobre transmissões em tempo real com fins comerciais. Em países como a China, em que a iniciativa é muito popular, também são utilizados termos como “Livestream Marketing” ou “Livestream e-commerce” para as transmissões. Dessa forma, é preciso tomar cuidado com abreviações e analogias, pois a estratégia pode perder o sentido.

Estratégias em números

Na China, a estratégia digital chegou a um faturamento de US$ 150 bilhões apenas em 2020, além de possuir shoppings dedicados exclusivamente ao comércio por transmissões ao vivo. Ainda não existem análises sobre o faturamento da prática no Brasil, mas os dados iniciais relevam um mercado promissor. Segundo a VTEX, no primeiro semestre de 2023, o volume bruto de mercadorias proveniente de live shopping triplicou em comparação ao mesmo período de 2022.

Enquanto isso, o Live Marketing já alcança números expressivos. De acordo com o Anuário Brasileiro de Live Marketing 24-25, que aborda as principais empresas, cases e insights sobre o setor desde 2011, o investimento em live marketing no Brasil, por parte daqueles que utilizam ativações e eventos para a construção de marcas, produtos e serviços representa R$110,1 bilhões.

Esse valor alcançou U$22,2 bilhões só em 2024, relevando que a estratégia não é só uma “moda passageira”, especialmente com a crescente dos grandes eventos, festivais, e a demanda da geração Z por experiências fora das telas.