![Loja pop-up adidas com o tema "Quando investir em uma loja pop-up". Promoview](https://uploads.promoview.com.br/2025/02/WVwFUz2u-popup-adidas-capa-1320x743.webp)
São Paulo - O Promoview já explicou a diferença entre Flagship e Loja-conceito, trouxe alguns projetos que foram destaque no mercado e veiculou diversos conteúdos sobre as marcas que apostaram em ambientes para fortificar as suas ações presenciais. Contudo, a pergunta chave ainda não foi respondida: afinal, quando investir em uma loja pop-up?
Pensando em desmistificar essa e outras possíveis dúvidas sobre o assunto, convidamos Caio Campagni, COO da oito™ e os especialistas da Modale Cenografia, André Moretti, CEO e George Júnior. Além disso, os profissionais ainda trazem dicas de otimização de custos e acompanhamento de métricas.
Encontrando o momento ideal para investir
Antes de tudo, é importante saber que as pop-ups são voltadas para marcas que já possuem um branding consolidado e que estejam preparadas financeiramente para o investimento. Caio Campagni elencou dois fatores fundamentais para determinar o momento ideal de apostar na estratégia:
- Ter uma história envolvente para contar, seja ela sazonal, como Natal ou Carnaval, ou algo único que esteja acontecendo dentro da marca , como um lançamento ou uma celebração.
- Timing alinhado com as outras campanhas de marketing da marca. Uma pop-up não deve ser vista apenas como uma ação pontual de trade, mas sim como parte de um ecossistema estratégico, com investimento e integração entre todas as áreas. Seu impacto não está na duração, mas na intensidade da movimentação que consegue gerar enquanto está ativa.
Tempo de execução
O tempo de execução de uma loja pop-up é definido da mesma forma que os outros projetos: pela complexidade das entregas. Contudo, se alguns pontos já estiverem alinhados, pode ser que o prazo seja mais curto que de um projeto embrionário, como explica George Júnior:
“Em média, um pop-up store leva de 30 a 60 dias entre planejamento e execução. Se já houver um conceito bem definido e materiais pré-aprovados, conseguimos acelerar esse prazo. Mas, para um resultado realmente impactante, a fase de conceito, testes e produção precisa ser respeitada”.
Pensando em uma loja pop-up, um dos benefícios é justamente a velocidade da operação. “A grande diferença de uma pop-up para uma loja fixa é justamente a agilidade na montagem e desmontagem, então planejamos desde o início para otimizar logística, instalação e reaproveitamento de materiais. Algumas marcas já nos desafiaram com prazos menores, e com um bom planejamento conseguimos entregar experiências memoráveis mesmo com pouco tempo”, diz André Moretti.
O cenário perfeito
Quanto mais elementos decorativos que chamem atenção, melhor! Certo? Errado. As lojas pop-up precisam ser estratégicas e funcionais. “Diferente de uma loja convencional, o objetivo é criar um espaço que converse diretamente com o público-alvo, gere desejo e engajamento”, cita André. Mas isso não significa simplicidade, o profissional também traz exemplos de elementos fundamentais: fachadas chamativas, iluminação cênica, painéis interativos, vitrines sensoriais e design modular.
“Além disso, fluidez no layout é um ponto-chave. Como a pop-up tem um tempo limitado, a circulação precisa ser intuitiva e convidativa. E, claro, materiais de fácil montagem e desmontagem fazem toda a diferença para viabilizar o projeto sem perder qualidade estética”, acrescenta George.
Alternativas inteligentes
É verdade que uma loja pop-up funcional demanda um grande investimento, mas é possível encontrar alternativas que otimizam os custos da produção sem diminuir o impacto da experiência.
“Um dos primeiros passos para otimizar o orçamento é reaproveitar materiais de outros projetos, como neons, letras-caixa, estruturas modulares e mobiliário cenográfico. Esses elementos podem ser ressignificados para criar um ambiente novo sem comprometer a qualidade estética da loja”, ilustra o COO da Modale.
Outra estratégia é escolher locais que já tenham uma identidade alinhada ao DNA da marca, reduzindo a necessidade de grandes transformações. Se a marca tem uma pegada street, por exemplo, um espaço com cimento queimado, tijolos aparentes e estruturas metálicas expostas já contribui para a atmosfera desejada, sem precisar encobrir tudo para criar do zero. Isso economiza tempo e recursos e, ao mesmo tempo, reforça a autenticidade da experiência.”
André Moretti, CEO da Modale Cenografia
Objetivos e métricas
Uma estratégia eficaz precisa impactar toda a cadeia de marketing. O objetivo final pode ser a conversão, mas o alcance e consideração também precisam trazer resultados com a ação. Assim, como no caso das lojas pop-up, as métricas precisam ser analisadas de forma ampla, no presencial e online, sem esquecer do pós-evento.
“No ambiente físico, métricas como fluxo de visitantes, tempo médio de permanência, interações com os produtos e participação em ativações são fundamentais. Se a pop-up contar com ações interativas, como workshops, experiências sensoriais ou ativações com QR codes, é importante medir a adesão e a taxa de conversão dessas iniciativas“, especifica Caio Campagni.
“Já no digital, monitorar o alcance e engajamento nas redes sociais, tanto orgânico quanto pago. Além disso, é essencial acompanhar a jornada do consumidor após a pop-up. Avaliar uma pop-up envolve olhar para dados concretos e, ao mesmo tempo, captar a percepção do público. Quando bem planejada, ela não só gera resultados expressivos no curto prazo, mas também fortalece a marca e cria conexões que perduram“, conclui o COO da oito™.