André Moretti

Design de experiência: estamos realmente nos conectando com as pessoas?

O colunista explica o que é 'design de experiência', primeiros passos para colocar em prática e cuidados para não perder o foco

Instalação de Hito Steyerl
Instalação de Hito Steyerl, que mistura realidade virtual com narrativas poéticas. Foto: divulgação

Nos últimos anos, o termo “design de experiência” ganhou força no mercado de eventos. Mas o que ele realmente significa? E estamos realmente colocando as pessoas no centro dessa experiência? 

Design de experiência é sobre criar momentos que ressoam com as pessoas. Não se trata apenas de elementos visuais ou tecnológicos, mas de como esses elementos se conectam emocionalmente com o público. 

No entanto, muitas vezes vejo eventos que são lindos, mas vazios de significado. Isso acontece quando esquecemos que, no fim das contas, estamos lidando com pessoas — e não apenas com espectadores ou consumidores. 

Um bom design de experiência começa com empatia. É preciso entender quem é o público, quais são suas expectativas e como podemos superá-las. É também sobre criar um senso de pertencimento, fazendo com que cada pessoa se sinta parte da história que está sendo contada. 

Na Modale, acreditamos que a verdadeira conexão acontece quando todos os elementos de um evento — cenografia, luzes, som, interatividade — trabalham juntos para criar um impacto emocional duradouro. E isso só é possível quando colocamos as pessoas no centro de tudo. 

Portanto, o design de experiência não é apenas uma tendência ou um conceito bonito. É uma forma de criar memórias, gerar conexões e, acima de tudo, de fazer com que as pessoas se sintam vistas e valorizadas. Porque, no final, não importa o tamanho do evento ou o orçamento envolvido. O que realmente importa é como ele faz as pessoas se sentirem. 

Design de Experiência: estamos realmente nos conectando com as pessoas? 

Nos últimos anos, o termo “design de experiência” se tornou um dos mais falados no mercado de eventos. Mas o que ele realmente significa? E será que estamos, de fato, colocando as pessoas no centro dessas experiências, como prometemos? 

O design de experiência não é apenas sobre criar algo visualmente impressionante ou tecnologicamente avançado. É sobre construir momentos que ressoam emocionalmente com as pessoas, que deixam marcas e memórias duradouras. Mas, muitas vezes, vejo eventos que são lindos à primeira vista, mas carecem de significado. Isso acontece quando esquecemos de uma verdade essencial: no final das contas, estamos lidando com pessoas, não apenas espectadores ou consumidores. 

O ponto de partida: empatia 

Todo bom design de experiência começa com empatia. Para criar algo verdadeiramente impactante, é preciso: 

  • Entender o público: Quem são essas pessoas? O que as motiva, preocupa ou encanta? 
  • Mapear expectativas: O que elas esperam vivenciar no evento? Mais importante, como podemos superar essas expectativas? 
  • Criar pertencimento: Experiências memoráveis são aquelas em que as pessoas se sentem parte da história. O design deve incluir momentos em que elas se reconheçam ou se conectem profundamente. 

O papel das emoções no Design de Experiência 

Experiências bem-sucedidas são aquelas que provocam emoções genuínas, sejam elas alegria, inspiração, nostalgia ou até mesmo surpresa. Isso exige uma integração perfeita de todos os elementos do evento: 

  • Cenografia: O cenário não é apenas um pano de fundo; é uma ferramenta narrativa que reforça a mensagem do evento. 
  • Luzes e Som: A iluminação e a trilha sonora criam atmosferas que evocam sentimentos específicos. Uma luz quente e suave pode ser acolhedora, enquanto sons dinâmicos energizam o público. 
  • Interatividade: Quando as pessoas participam ativamente, em vez de apenas observar, o impacto emocional é ampliado. A interatividade transforma espectadores em protagonistas. 

Quando o Design Perde o Foco 

Eventos visualmente impecáveis, mas emocionalmente vazios, são um sintoma de um design que prioriza estética ou tecnologia em detrimento da conexão humana. Isso pode acontecer quando: 

  • A narrativa não está clara ou não dialoga com o público. 
  • O evento coloca a marca no centro, em vez de focar no público como protagonista. 
  • Elementos como tecnologia são usados apenas como “efeitos especiais” e não como ferramentas de interação ou significado. 
André Moretti, CEO da Modale Cenografia
André Moretti

CEO da Modale Cenografia, André Moretti compartilha insights sobre cenografia e inovação no design de eventos, destacando como transformar espaços em experiências memoráveis. Com foco em tendências do mercado e estratégias criativas, suas colunas oferecem dicas valiosas para agências e fornecedores do mercado de eventos