O festival South by Southwest (SXSW) caminha para o seu final no próximo final de semana, e já tem quem afirme que, para 2026, um dos eventos mais tradicionais de inovação, tecnologia e tendências seja “menor” em comparação a edições anteriores.
É fato que o festival, que antigamente ocupava quase toda a cidade de Austin, no Texas, com ativações megalomaníacas e estruturas de longa duração e amplo espaço ocupado, deu uma guinada forte em direção a um formato mais enxuto, com experiências imersivas menores, porém mais precisas em relação a público e oferta. Mas isso não significa que houve alguma “perda”.
Redução de escopo do SXSW é expectativa de “tamanho menor” em 2026?
O ano de 2025 marcou algumas mudanças estruturais no SXSW, o que pode ter feito com que algumas pessoas pensem o mesmo para 2026. Mais ainda por dois fatos confirmados: o primeiro envolve a prefeitura de Austin, que anunciou o início de uma reforma do principal centro de convenções da cidade na semana seguinte ao fim do festival.
O segundo – e esta é uma notícia mais quente – é o próprio SXSW, que confirmou uma programação sob o lema “menos é mais” para 2026. Em termos práticos: um dia a menos, indo de 12 a 18 de março do ano que vem, conforme anúncio feito por Hugh Forrest, CPO e presidente do festival.
Outros benefícios – estes, menos conhecidos – também foram perdidos já neste ano: a Southewest Airlines, linha aérea oficial do festival, confirmou ao Skift que reverteu a sua prática de gratuidade no despacho de bagagens. A vantagem ainda existe, mas agora, ela é relegada apenas aos participantes que adquiriram o maior plano de fidelidade do SXSW.
A saber, o SXSW 2026 ainda contará com diversas modalidades de participação, cuja mais cara é a “Platinum”, que confere alguns benefícios interessantes, como passe livre em áreas fechadas do evento ou entradas para ocasiões onde apenas convidados e a imprensa poderão participar, para citar alguns exemplos.
Há que se considerar o volume de ativações espalhadas pela cidade, ligadas ao evento: em 2024, foram mais de 20, enquanto as da edição deste ano sequer chegaram a esse número.
Menor volume pode abrir espaço para apresentações maiores
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Por outro lado, o SXSW 2026 pode acabar ganhando mais robustez de conteúdo se decidir perseguir uma redução de seu escopo físico. A edição deste ano contou com uma participação brasileira mais expressiva que em anos anteriores.
O trabalho da SP House, por exemplo, é um a se destacar: além de ter posicionamento em diversas tracks e algumas apresentações dentro de sua própria estrutura (ela própria, vale lembrar, ampliada para mais de 1 mil m²), a marca idealizada pelo governo e pela prefeitura de São Paulo teve participação nas ações de diversas outras companhias, como a curadoria musical da Warner.
Além disso, o seu programa CreativeSP levou diversas startups nacionais para estabelecer relações e atrair investimentos em potencial para o setor criativo brasileiro. Segundo especialistas, nós fomos representados por mais de 2,5 mil profissionais verde-amarelos, em vários setores.
Vale lembrar que a reforma mencionada mais acima tem previsão de duração de mais ou menos três anos, efetivamente forçando a organização do SXSW 2026 a se reinventar. Como uma figura central no crescimento de mercado e debate de tendências, o evento ainda tem uma representatividade muito grande – seja, ele próprio, grande ou pequeno em escala.
Só não estranhe se as coisas parecerem um pouco mudadas ano que vem…
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