Comportamento de consumidor

80% dos consumidores pagariam mais caro por produtos de marcas favoritas, diz pesquisa

Levantamento da UserTesting e Talker Research indica que o público tende a manter lealdade a seis marcas em média

Você tem uma marca favorita, pela qual estaria disposto até a pagar mais caro por um produto só por ela tê-lo feito? Se sim, você não está sozinho: uma pesquisa da UserTesting, em parceria com a Talker Research, indica que 4 em cada 5 consumidores prefere dar mais dinheiro a itens cuja origem seja a de uma empresa que eles apoiam.

O levantamento entrevistou 4 mil pessoas na Austrália, Estados Unidos e Reino Unido, indicando que uma pessoa tem, em média, até seis marcas favoritas em diversas indústrias, como eletrônicos ou vestuário.

Games, joias, gastronomia e fitness são as indústrias com maior interesse dos consumidores

Imagem de um executivo listando avaliações de atendimento
Pesquisa indica hábitos de familiaridade entre marcas e consumidores (Imagem: FreePik/Reprodução)

A pesquisa da UserTesting indica que os consumidores tendem a ter preferências em relação a indústrias. Embora o levantamento não indique exatamente quantas pessoas gostam do que, ele ressalta os setores de games, joias e relógios e, finalmente, marcas fitness (aqui, vale tudo: roupas, acessórios para treino e suplementos).

Ainda segundo o estudo, os consumidores que responderam às entrevistas ressaltaram o histórico de qualidade de um produto, experiências favoráveis em compras anteriores e familiaridade com as marcas que já conhecem com os três principais fatores de decisão da compra.

E, nesta capacidade, 71% dos respondentes tendem a preferir marcas e produtos que remetem à infância.

“O preço importa, mas não é tudo”, disse Bobby Meixner, Diretor Sênior de Soluções para a Indústria e um dos viabilizadores da pesquisa. “No mercado de hoje, os clientes são mais leais quando as marcas criam experiências que passem uma sensação mais pessoal, confiável e compensatória.”

Ele ainda ressaltou que, em tempos de dificuldade financeira, os consumidores tendem a ser menos propensos a riscos, o que implica em um foco maior em adquirir o essencial apenas de quem já conhecemos — essas marcas, para os entrevistados, têm uma consistência maior em entregas satisfatórias.

Marcas perdem consumidores se…

Imagem de um casal de consumidores fazendo compras online
Consumidores tendem a preferir marcas que já conhecem, mesmo que tenham que pagar mais por isso, mas há limites (Imagem: FreePik/Reprodução)

O estudo ainda ressalta que essa lealdade dos consumidores tem limites, indicando que a familiaridade pode ser quebrada dependendo do ocorrido.

Um dos fatores que mais faz uma marca perder seus clientes favoritos é uma oferta amplamente superior vinda de um concorrente, ou se suas marcas preferidas de repente percam a capacidade de entrega de valor.

Em suma: uma ou duas “mancadas” e uma marca perde seus consumidores.

“Para marcas buscando criar relações de longo prazo com seus consumidores, a lição é simples: invistam na experiência do cliente, mantenham a constância da qualidade e criem formas de engajamento mais autênticas”, diz um trecho da pesquisa.

Rafael Arbulu

Redator

Jornalista há (quase) 20 anos, passeando por editorias como entretenimento, tecnologia e negócios, sempre com um olhar crítico e praticamente nostálgico. Por toda a sua carreira, sempre buscou detalhar desde as tendências mais disruptivas do mercado até as curiosidades culturais que desafiam a lógica do "só porque é novo, é melhor". Fã de vinis, cervejas especiais e grandes sagas literárias, ele traz para os textos doses generosas de referências pop – mas sem esquecer que, no universo corporativo, até o lado B precisa fazer sentido.

Jornalista há (quase) 20 anos, passeando por editorias como entretenimento, tecnologia e negócios, sempre com um olhar crítico e praticamente nostálgico. Por toda a sua carreira, sempre buscou detalhar desde as tendências mais disruptivas do mercado até as curiosidades culturais que desafiam a lógica do "só porque é novo, é melhor". Fã de vinis, cervejas especiais e grandes sagas literárias, ele traz para os textos doses generosas de referências pop – mas sem esquecer que, no universo corporativo, até o lado B precisa fazer sentido.