A circulação estadual do projeto "Corpo, Tempo e Movimento" chega a Garopaba com agenda de atividades gratuitas, de 04 a 06 de maio.
O processo de criação e composição em dança tem como base de investigação a relação entre o corpo, tempo e espaço. E nasceu do interesse das artistas Diana Gilardenghi, Milene Duenha, Sandra Meyer e Paloma Bianchi em pensar a dança em outros parâmetros e lugares.
A primeira edição do trabalho teve estreia em 2016, em Florianópolis. Este ano, por meio do Edital Elisabete Anderle, circula por cinco cidades catarinenses com o objetivo de se conectar à história de outras regiões.
Cada local irá receber um cronograma específico de ações propositivas, práticas que serão utilizadas para conduzir a produção de entendimentos sobre o corpo situado em espaços do cotidiano das cidades.
Chapecó abriu a programação no mês de abril, Garopaba é a próxima a receber o projeto de 04 a 06 de maio. Itajaí, Blumenau e Criciúma seguem no roteiro até o final do ano.
"Temos uma vontade de nos aproximar mais da dança que acontece em Santa Catarina. Programamos para cada uma das cidades ações que se relacionam de alguma forma com os coletivos de dança interessados em produzir arte em espaços públicos. Como é o caso de Garopaba. A circulação do projeto permite que a gente possa intensificar o convívio e a troca de experiências por meio de residências artísticas e performances que problematizam o espaço urbano", explica Sandra Meyer, artista e pesquisadora em dança.
Residência, Videoarte e Performance
O projeto leva três práticas artísticas para Garopaba. A Residência Escuta e composição com a cidade, de 04 a 06 de maio, com duração de 20 horas, propõe a busca por uma relação menos hierárquica com o ambiente por meio da pesquisa de diferentes modalidades de escuta e dilatação da percepção.
Nesse processo são problematizadas questões como: o que pode o corpo nesse ambiente? Como ver/viver o espaço como produção poética? Tal residência se volta à formulação de uma proposição em site specific na qual o público é convidado a experimentar propostas emergentes da relação entre corpos e ambiente, produzindo acontecimento no ato do encontro e revelando muitos modos de se fazer dança com o espaço.
As inscrições podem ser feitas gratuitamente até 1º de maio pelo e-mail [email protected].
Ainda na primeira noite da programação, 04 de maio, às 20h, no Atitude Centro de Dança, também será exibido o videoarte Coral da ponta. O trabalho de Alan Langdon, com duração de 13 minutos, documenta a composição urbana Dança Coral, realizada na Ponta do Coral, em Florianópolis, no ano de 2016 para a primeira edição do Projeto Corpo, Tempo e Movimento.
Na sequência do filme a discussão sobre a importância da dança como campo de conhecimento na sociedade ganha espaço no encontro. A conversa proposta pelas artistas pretende debater os modos de composição em dança em relação com o ambiente e o papel político da arte em seus contextos sociais.
A ação Composição Urbana: Aqui encerra a programação no dia 06 de maio, às 15h, nas Dunas do Siriu. O público é convidado a participar de um jogo em que suas ações configuram uma coreografia que emerge da relação com o ambiente no aqui-agora. O espaço se modifica pelas presenças e suas possibilidades de composição/proposição de atos compositivos. Os participantes têm a possibilidade de ver e de agir, de agir e de ver seus efeitos na construção conjunta de um habitar.
O projeto "Corpo, Tempo e Movimento – Circulação estadual" foi contemplado pelo Edital Elisabete Anderle 2017 com o apoio do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Fundação Catarinense de Cultura e Funcultural.
Mais informações no Facebook. Todas as atividades são gratuitas.