O mercado promocional brasileiro pode passar pela maior transformação da sua história. Caso os associados votem pela criação do Sindlive e se as instituições responsáveis por validar esta decisão – cujo trâmite burocrático é complexo – concedam sinal verde, o segmento das agências especializadas brasileiras pode verdadeiramente experimentar um novo momento.
Desde 1993, quando João de Simone fundou a Ampro, o setor promo vive buscando se firmar definitivamente no cenário da comunicação aqui no Brasil. Constantemente preocupado em se livrar do estigma BTL, decretado pela indústria da publicidade tradicional, tem obtido boas conquistas políticas nos últimos anos.
Suportado pela adesão natural da indústria – que há tempos percebeu que comercial de 30” não resolve mais e que público interno também precisa ser convencido – tenta firmar pé para fazer valer suas convicções.
Constituída de empresas e empresários que pagam mensalidade e entendem que este é seu único papel, cuja rotina se repete há anos, a gestão atual da Ampro percebeu que neste compasso não iria a lugar algum e que apenas daria continuidade à modorrenta rotina que se repete há décadas, composta de pessoas que usavam a entidade apenas para promoção pessoal ou para fomentar seus próprios negócios ou para voos políticos maiores.
O movimento começou em janeiro de 2013 quando a nomenclatura live marketing foi proposta ao mercado.
Kito Mansano – que assumiu a direção da entidade depois de ver suas gestões como associado serem colocadas em segundo plano, e, após um ano de sua posse, onde fez a leitura do setor e do momento político – propôs a nova designação, símbolo da mudança de mentalidade e atitude que pretendia implantar.
E a primeira manifestação em prol do termo live marketing foi feita nas páginas do Anuário Brasileiro de Marketing Promocional publicação apoiada pelo dirigente desde a sua criação em 2012.
Um mês depois, em fevereiro de 2013, o grupo gestor da Ampro apoiado por empresários de peso como Maurício Magalhães da Tudo; José Victor Oliva – que determinou como prioridade para o seu C.E.O na Holding Clube; Marcel Sacco, o apoio à iniciativa – Célio Ashcar Jr. da Mix Brand Experience; Fernando Figueiredo, da Bullet e contando com a volta do Marcelo Heidrich, a causa promo, depois de anos de afastamento, apoiados por Cláudio Xavier, da NewStyle, e mais uma dezena de empresários, lançou o Congresso Brasileiro de Live Marketing.
Como justificativa para o movimento, os organizadores entenderam que as agências de comunicação precisavam engajarem-se ao novo momento que traduz verdadeiramente sua contribuição estratégica para o mercado de marketing.
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Segundo este pensamento, o conceito live marketing preconiza “o marketing vivo, ao vivo e em cores, que toca e interage com gente. Remete às atividades de marketing que proporcionam interlocução viva entre marcas e pessoas provocando uma compreensão diferenciada de produtos, serviços e branding. O termo “ao vivo” explica com absoluta clareza a pertinência do negócio”.
A convicção pelo conceito convivia com a continuidade da baixa adesão por parte dos associados da Ampro. Mas, o propósito em realizar uma mudança emblemática e definitiva levou Kito Mansano a decidir pela proposta do sindicato, que pressupõe um envolvimento, compromisso e atitudes bem mais concretas por parte dos participantes.
Além disso a Assembleia do dia 26 de julho pretende também mudar o nome da Ampro, sepultando de vez o nome e conceito do marketing promocional.
Como único espaço a atualizar o que acontece neste mercado diariamente, Promoview espera que os acontecimentos a partir daqui colaborem para a evolução deste segmento que é protagonista e precisa apenas que os seus componentes acreditem nisso, independente da nomenclatura adotada.