Curiosa frase que ouvi do Karrant Santos, querido amigo, que tanto significado de verdade tem: “prego que muito se destaca é o que leva mais martelada,” ditado que, aqui no Promoview, a gente conhece tão bem.
Outros adágios populares muito bem se enquadrariam no meu texto, como “não se chuta cachorro morto” ou “não vi, não sei, não conheço, não gosto”, mas começo com um que diz: “entre o sim e o não, melhor é o talvez.” Esse, eu criei.
A AMPRO mudou. É fato. Assim como mudou o nome da atividade principal que nos norteia o trabalho. Antigamente, nosso guarda-chuva era o Marketing Promocional, hoje é o Live Marketing.
Enganam-se aqueles que acham que o que aconteceu foi apenas uma “grande sacada”. Erram e mostram que não acompanharam de fato todo o processo de mudança.
O que houve foi a tentativa – eficaz diga-se de passagem, porque meus clientes aumentaram depois que adotei a nomenclatura – de dizer para o mercado, para o cliente, que nós vamos, e estamos, muito além da Promoção e do Evento.
Fechados numa percepção que nem o respaldo acadêmico tem, uma vez que definidos como o BTL, nos aproximávamos mais de Agências Executoras que de estratégicas (e não me venham falar das grandes Agências, porque essas não se apresentavam como de Marketing Promocional, mas sim de Comunicação, exceto as que tinha já nome consagrado no nosso mercado), em especial, as médias e pequenas.
Foi esse, inclusive, um dos motivos que nos apequenou frente aos clientes. Executoras – elas, as Agências – começaram, lá atrás, a buscar nos descontos da execução ocupar espaços nos clientes. O resultado foi a falta de espaço por conta da pressão contínua de Compras e Suprimentos para escolhê-las, transformando-as em seu Banco de Investimento, para fazer caixa.
Mas não é sobre isso que quero falar. Quero falar da AMPRO. Ela mudou porque precisava, porque o mercado e os associados exigiam. E mudanças, em especial as radicais, trazem duas consequências imediatas: a desconfiança e a insatisfação.
Os desconfiados buscam respostas e a compreensão dos fatos, os insatisfeitos, a dissenção e a ruptura. Não o fazem por maldade, o fazem por não quererem o novo que não seja o seu.
Muitos dos que criticam a nova postura da AMPRO e a mudança do nome de nossa atividade podiam estar juntos para fazê-las, para comentar, questionar, opinar, até para contrariar e combater, porque não? Mas sempre é mais fácil falar do que está feito do que fazer, analisar o que existe, sem buscar suas causas.
Recentemente, uma pessoa, possivelmente de uma outra associação, interessada em se aproveitar de um momento em que, claro, muitos têm dúvidas em relação ao futuro da Instituição para, de forma maliciosa e indutora, enviar e-mails aos associados, propondo uma pesquisa sobre… o fim da AMPRO.
Talvez o erro da AMPRO tenha residido no esmero. Em querer levar aos associados das Regionais e Capítulo, em Palestras e encontros presenciais com o Kito e outros, as informações que poderiam sair com comunicados.
Por outro lado, é sabido, que as pessoas normalmente não leem o que mandamos, mas, num evento, de forma direta, onde podem questionar à vontade, elas assumem papel de repetidores conscientes, além de poderem levar e receber material consolidado, tanto físico quanto digital.
É claro que a AMPRO está preparando material para explicar tudo, é claro que a demora acontece em função do Congresso ter recém-acabado e, portanto, muitas de suas conclusões estarem sendo compiladas ainda, é claro que o resultado da Convenção que propôs a transformação inicial da AMPRO em SINDILIVE está sendo transformado em material para ser enviado a associados e clientes, é claro que não se descartou a permanência da AMPRO como Associação, mesmo porque, nas Regionais e Capítulo, ela ainda o é, nem a transformação de seu nome em ALIVE (uma possibilidade).
Nem um mês se passou de tudo isso, mas parece que estamos falando de algo que aconteceu há um ano e de suas nefastas consequências já apresentadas pelos analistas.
Tudo é prematuro, precipitado. Tudo poderia ser discutido, porque foi tema de debate, no Congresso. Parece, em especial, que quem não foi ao Congresso sabe mais do que quem foi.
A AMPRO não acabou, mas vive um momento de transição, como o próprio mercado. O Marketing Promocional não acabou, ora essa, que besteira, apenas foi absorvido por uma denominação que amplia os horizontes profissionais do nosso mercado e dos nossos profissionais.
O Live Marketing não tem nada de novo e, muito, menos, é algo que nos seja estranho. É o nome que incorporou o Marketing de Entretenimento, também ampliando-o, na Alemanha até existe uma Associação de Live Marketing congregando Agências Promo, e é usado há mais de oito anos pela Mazah de Porto Alegre, uma das mais renomadas, premiadas e conceituadas Agência Promo do Brasil.
Em Cannes, reside, ao contrário do que se imagina, uma grande razão para a mudança. A nossa Categoria, P&A, é praticamente, o porto de tudo que não se consegue enquadrar ou definir nas outras, daí é difícil ganhar nela pra caramba porque julgar é complicado (frase dita por um dos jurados com quem conversei, aliás, de Promo mesmo no Júri tinha, acho, um profissional) . Vejam que muitos do Premiados em P&A ganharam, também, em Film, Direct, PR, Innovation e Mobile, se não me engano. Se fôssemos bem entendidos, isso não aconteceria.
Em resumo, os pregos são a AMPRO e o Kito Mansano. As marteladas vêm agora porque, antes, o cachorro estava morto e aí ninguém estava nem aí pra ele. Estamos dispostos a explicar para quem quiser explicações de fato e não para quem quer ouvir o que quer.
Por fim, nem não, nem sim: Talvez a gente encontre a AMPRO com novo nome, talvez ela continue com o mesmo, talvez ela fique bem maior e talvez isso tudo tenha servido para mostrar que as coisas mudaram SIM e que muita gente não gostou NÃO.
Simples assim.