Neste sábado, iniciamos mais uma edição do nosso Curso de Formação de Profissionais de live marketing no Rio. Cada vez mais fico convicto de que fizemos a coisa certa em criá-lo.
Em São Paulo, junto com a Omelete, a Conceito Qualificação faz, pela primeira vez, o Curso fora do Rio, incluindo Planejamento com o João Riva, em dois dias seguidos. Temos quase certos o Curso na Bahia, em Juiz e, quem sabe, em futuro próximo, fora do Brasil.
Pode, e talvez lá no fundo seja, parecer merchand, mas a razão do texto de hoje é outra que não divulgar o Curso.
Na primeira edição dele, tivemos muitos estudantes de Comunicação – Publicidade e Propaganda – quase 80% da turma, meu público mais imediato, eu imaginei sempre. Um profissional do nosso mercado – estranho que tenhamos tão poucos, talvez por soberba ou falta de tempo, quem sabe -, um professor de Comunicação e um cliente compunham a turma.
Para compor a turma, dentro do número mínimo de alunos necessários para efetivá-lo no Rio, demos cerca de 15 bolsas que variaram de parciais – 20, 30% – a integrais. As integrais foram quase 10 (temos uma política de dar, pelo menos três ou quatro bolsas integrais no Curso para gente que realmente não possa pagar, ou para os indicados pelos patrocinadores, que tem direito a uma bolsa).
A medida mostrou-se ineficaz e mal compreendida. Os bolsistas, pasmem, foram os que mais faltaram ao curso, os que menos participaram das atividades, e os que mais reclamaram ou deram problemas. Concluímos que a velha máxima popular é verdadeira: As pessoas só dão valor ao que pagam. Nem que seja pouco.
Decidimos então, rever a política de bolsas e dá-las dentro de critérios mais rígidos e só dar duas integrais, nessa edição. Para nossa surpresa, muita coisa mudou.
O perfil da turma é outro, a turma se paga com menos alunos e a gente quis mostrar para vocês dados interessantes decorrentes dessa mudança e que podem significar alguma coisa.
Temos, nessa turma, alunos de Universidades, mas eles não são a maioria. Na verdade, os estudantes que vieram fazer o curso desta vez, o fizeram por outro motivo. Enquanto na primeira edição eles vieram pelas bolsas, nessa, eles vieram para definir sua profissão.
Aumentou o número de profissionais do mercado e de pessoas formadas em outras disciplinas (Direito e T.I., por exemplo) e clientes. Inclusive, donos de Agências e startup, o que é muito bom. Além disso, como visto, temos outros profissionais que veem o nosso live como um mercado promissor no qual querem entrar e para isso querem se qualificar.
A turma, portanto, é mais focada, por ser constituída de gente mais experiente, é mais exigente e mais madura e, estimo, que teremos muita gente colocada no mercado ou mesmo mais apta a ampliar a utilização correta e adequada de nossas ferramentas, o que, certamente, vai melhorar o nível dos profissionais e dos trabalhos por aqui.
Percebam que o que está acontecendo é que conhecer live marketing está deixando de ser uma questão de aluno que não sabe o que é a disciplina e quer conhecê-la para ver se rola um estágio. Temos agora a procura do profissional do cliente que já trabalha no meio, no negócio e está começando a entender que qualquer profissão séria exige qualificação para crescer e se fazer respeitada e gerar mais negócio.
Não dá para chegarmos no cliente, reclamando disso ou daquilo, questionando seus briefings, querendo ter ou colocar moral se não sabemos o que somos, a nomenclatura de nossas ferramentas, o que são e para que servem, como criá-las e produzi-las, o que é mais adequado ao cliente, dentro do escopo de cerca de 30 ferramentas live disponíveis. Vamos oferecer só evento e ação promocional?
Nossas Agências ainda estão cheias de amadores e meninos que chegam sem nada saber e que aprendem – ou não – em meio ao tiroteio de um evento ou ação em curso. Pior, queimamos, com isso, muito talento que, com um mínimo de treinamento, poderia se transformar num grande profissional.
Portanto, o lado ruim – ou não – da nova história dessa edição do Curso é que temos, entre os alunos, profissionais e donos de agência de comunicação, digital, assessoria de imprensa, RH…, mas nenhum de Promo, o que mostra que o mercado de Comunicação como um todo entendeu rápido a nossa importância técnico-estratégica, vislumbrou o futuro e sacou que gente formada por quem sabe live e está no mercado pode fazer a diferença em suas agências. Eles vieram, aliás, essa é uma diferença perceptível entre quem pensa Comunicação e quem quer executar Comunicação.
Pois é. Quem sabe nas próximas turmas isso muda? Quem sabe a gente entende que sabe, mas não sabe tudo? Quem sabe a gente entende que dividir e compartilhar conhecimento e qualificar profissionais nos faz crescer?
No mundo ao vivo, não adianta apenas ocupar espaço, é preciso ocupá-lo com consciência e firmar-se nele para que outros não o ocupem em seu lugar ou o ocupem precisando de você. Porque qualquer um que se informe e se qualifique pode ocupar o mesmo espaço de mercado, seja lá qual for ele. E aí vai valer o ditado: “Você engana muitos por pouco tempo. Poucos por pouco tempo. Mas não engana todos por todo tempo.”
Na hora da verdade, ao vivo, o cliente vai querer mais do que executores – porque sabe onde encontrá-los e como fazê-los baixar custos. Vai querer quem pense, encontre soluções, aponte caminhos e novos rumos. Vai querer um novo marketing. Vivo, real e competente.
E, não se iluda, qualquer um pode chegar a fazê-lo se buscar os caminhos e as pessoas certas na Ampro, em grandes agências, em profissionais qualificados, aqui no Promoview ou numa Universidade ou Curso sérios.
Vamos ver quem é mais vivo? Se nós, nossas Agências, ou os bobos que criaram a burra linha imaginária?
Quer pagar pra ver? Ou quer pagar para não ver?